O Golpe que Mudou o Brasil para Pior
Eu particularmente adoro o ideal republicano, a ideia de o poder estar na mão do povo e de que todos têm voz e vez na construção de uma nação justa e igualitária. No entanto, apesar de adorar os ideais republicanos, eu odeio a república brasileira. A forma como ela foi implementada no Brasil é um exemplo claro de como um ideal pode ser distorcido e mal executado.
A Proclamação da República no Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, foi um golpe militar liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador Dom Pedro II sem qualquer consulta popular. Esse evento marcou o fim do Império e o início de um regime republicano que, desde o início, mostrou-se falho em diversos aspectos. A república foi instaurada sem a participação do povo, sendo um movimento orquestrado por uma elite militar e agrária insatisfeita com o governo imperial.
Em 1993, o Brasil realizou um plebiscito para decidir a forma e o sistema de governo do país. A população foi chamada a escolher entre a república e a monarquia, e entre o presidencialismo e o parlamentarismo. No entanto, os meios de comunicação desempenharam um papel crucial na disseminação de desinformação e fake news, influenciando a escolha da república presidencialista. A mídia, com seu caráter privado e mercantil, muitas vezes manipula a opinião pública para atender a interesses específicos. Se o plebiscito fosse realizado hoje, acredito que a monarquia parlamentarista seria a escolha da maioria, dado o crescente descontentamento com o sistema republicano atual.
A república brasileira tem se mostrado falha em diversos aspectos. A corrupção endêmica, a má gestão dos recursos públicos e a falta de representatividade são apenas alguns dos problemas que enfrentamos. Estudos e livros como "A Elite do Atraso" de Jessé Souza e "O Povo Brasileiro" de Darcy Ribeiro, além de reportagens da mídia, apontam para a ineficácia do sistema republicano em promover o desenvolvimento e a justiça social no Brasil.
Uma república federativa, em teoria, deveria garantir a autonomia dos estados, permitindo que cada um deles tenha poder para legislar e administrar seus próprios recursos de forma independente. No entanto, a república brasileira não respeita essa premissa. O centralismo exacerbado impede que os estados tenham a autonomia necessária para desenvolver políticas públicas eficazes e adaptadas às suas realidades locais.
Defendo uma monarquia parlamentarista com autonomia total aos estados brasileiros, tanto jurídica como econômica. Esse sistema permitiria uma descentralização do poder, promovendo uma gestão mais eficiente e próxima das necessidades da população. Países como a Espanha e o Reino Unido, que adotam a monarquia parlamentarista, apresentam índices de corrupção mais baixos e uma maior eficiência na administração pública.
Nossos presidentes eleitos muitas vezes não têm a capacidade e a formação necessárias para gerir um país tão complexo como o Brasil. A falta de preparo e a influência de interesses políticos e econômicos comprometem a qualidade da gestão pública. Em contraste, o atual herdeiro do trono brasileiro, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, possui uma formação sólida e uma trajetória marcada por feitos notáveis. Ele é formado em Direito pela Universidade de São Paulo e tem se destacado em diversas áreas, incluindo a defesa do meio ambiente e a promoção de valores tradicionais.
Na China, por exemplo, a preparação para uma carreira política é rigorosa e exige anos de estudo e experiência. Os líderes chineses passam por um processo de formação que inclui desde a base do partido até cargos de alta responsabilidade, garantindo que estejam preparados para enfrentar os desafios da administração pública.
Para mim, o 15 de novembro não significa nada além do início do declínio do Brasil. A data marca o começo de um regime que, apesar de seus ideais nobres, falhou em proporcionar ao povo brasileiro a justiça, a igualdade e o desenvolvimento que tanto almejamos. Como disse o filósofo Edmund Burke, "um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la". É essencial refletirmos sobre nosso passado para construirmos um futuro melhor.