Ouvindo e lendo Rita Lee
Tenho me apaixonado pela história dessa maluca
Não a endeusando, mas justamente me sentindo próxima dela
O modo como ela escreve de si mesma, como se fosse uma melhor amiga íntima contando alguma traquinagem da outra, enquanto a outra ri, concorda e acrescenta fatos
Admiro essa relação dela consigo, já velha, refletindo sobre o que viveu
Rita me fez querer ficar velha gagá, casada com o amor da minha vida, vivendo no mato com uns bichinhos e olhando o tempo nos levar aos poucos
Esse é o segundo livro que leio dela, a segunda autobiografia que se passa no tempo da pandemia e também de seu câncer
Estou nesse momento ouvindo o primeiro dos três álbuns que o filho João fez, remixando Rita nuns embalos gostosos que só
E o dia está tão bom, está tudo tão agradável e gostoso, acabei de concluir também minha primeira sessão de terapia, novamente, depois de um tempo afastada de meu guardião Gleydson Rodriguez, como gosto de chamá-lo
Só que eu passei a tarde toda dengosa, querendo cultivar minha paxão, desejando poder vê-lo esse fim de semana
Uma pena o tempo não colaborar com nossa sincronia, ou não fazermos o suficiente para mantê-la
Sei que Rita me deixa ainda mais dengosa, me faz querer passar o dia olhando pro tempo e a tarde por cima daquele rapaz que tem toda a minha tara, todo o meu ciúme e minha paixão, sonhei com aquele corpo hoje, desejei aquele mesmo corpo o dia inteiro, e todos os ângulos dele
Hoje me permito te cultivar, mas só pra mim, um dia passa
E porra, ouçam Rita Lee e todas as versões possíveis de sua obra, leiam seus livros, consumam essa mulher!