DESGRAÇADA MEMÓRIA

 

  Tortura-nos as horas ... os dias ... os anos ... a necrófaga memória
    A seguirmos, pois, n'escuridão de sua noite
       A parecer ... nunca [se] findar

 

   Tantos problemas a recordarmos ... no prazo que se trafega!
        Tantas inquietudes!
    Inúmeras aflições!
 Da placidez a fugir, pois do agoniado espírito
     Oh! Quanta miséria!
       Ai! Quanta agrura n'alma!
    E sempre a esquecer-nos d'uma oculta felicidade
 (mas qu'existe, ainda que não a trazemos em nossas lembranças)
     Morta memória!

            Cadvéric'alma!

 

 

      E assim a lembrarmos de tudo na sagrada jornada

             (a que com o tempo profanamos):
  Ansiedades e fobias sem conta a muito nos esmagar (sem piedade)
         Angústias e dores a nos oprimirem
   Mil efêmeras bobagens a macularem nosso precioso tempo
         (desnecessárias a que são!)
     Mas sempre a nos distraírem ... (a entupirem nossa memória)

 

   Só esquecemos mesmo ... da felicidade
       E de viver ... com dignidade

   Ao que adiantamos nossa natural senilidade
     E morremos bem antes de nossa natural morte

 

 

12 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

DESGRAÇADA MEMÓRIA

 

  Tortura-nos as horas ... os dias ... os anos ... a necrófaga memória
    A seguirmos, pois, n'escuridão de sua noite
       A parecer ... nunca [se] findar

 

   Tantos problemas a recordarmos ... no prazo que se trafega!
        Tantas inquietudes!
    Inúmeras aflições!
 Da placidez a fugir, pois do agoniado espírito
     Oh! Quanta miséria!
       Ai! Quanta agrura n'alma!
    E sempre a esquecer-nos d'uma oculta felicidade
 (mas qu'existe, ainda que não a trazemos em nossas lembranças)
     Morta memória!

            Cadvéric'alma!

 

      E assim a lembrarmos de tudo na sagrada jornada

             (a que com o tempo profanamos):
  Ansiedades e fobias sem conta a muito nos esmagar (sem piedade)
         Angústias e dores a nos oprimirem
   Mil efêmeras bobagens a macularem nosso precioso tempo
         (desnecessárias a que são!)
     Mas sempre a nos distraírem ... (a entupirem nossa memória)

 

   Só esquecemos mesmo ... da felicidade
       E de viver ... com dignidade

   Ao que adiantamos nossa natural senilidade
     E morremos bem antes de nossa natural morte

 

12 de novembro de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 12/11/2024
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