Tempo(ral)!

Um, dois, três...

Como se conta o tempo?

A hora, o dia o mês?

Como se mede o viver?

A descoberta,

os beijos e risos,

os toques,

os jantares e filmes.

Assuntos que se prolongam,

somente para não permitir que o sono,

contraditória necessidade,

roube o prazer da presença desperta.

Um ano? Cinco meses?

Como aferir algo, que não é determinado temporalmente?

Pelo que se passou, pelo presente ou pelo porvir?

Pelos momentos vividos, pela intensidade do agora ou pelo que ainda se quer realizar?

Não sei....

Muito já se escreveu sobre o tempo,

E ainda mais sobre a vida.

Mas nem sempre como unidade.

Tempo e Vida, par!

Cinco meses,

São os dias vividos?

Ou o lembrete de que não os viveremos mais?

Da mesma forma, idêntica, jamais.

E que bom!

Mais importante que repetir o mês, cinco vezes,

É desfrutar cada dia de forma única.

Tem gente que vive um ano, cinquenta vezes.

Outros vivem cinquenta vidas, em um único ano!

Espero, assim, que celebremos.

Sempre e a cada dia.

Que algumas datas, sejam símbolos,

De que comemorar é um presente,

Uma elegia, ode ao passado,

Ato de humildade e reconhecimento

De que o futuro sempre guarda doses de incerteza.

E que, portanto, nos resta a obrigação:

Beijar cada amanhecer com a alegria de termos nos encontrado.