UM POUCO DE "EXISTENCIALISMO" ... (EM VERSOS)

 

E ali ... chego

E ali ... vou

E ali ... sou ... (ou "fiquei"?)

 

Deixar de "ser" ... um dia?

Ai! Quem dera!

Difícil

Depois que alguém "fica", é quase impossível ... ser o que antes era

 

E como alguém "é"?

Certamente, "morto agora" em seu espaço (que não é "ele")

 

E como são [todos] no mundo?

Quantos "disciplinados" soldados!

Todos fardados, ... todos "moralizados",... mecanizados, enfim ... todos "iguais"

Menos eu

Herético (ou revoltado) por ser ... eu

E somente eu mesmo

Seria coragem?

Ou seria, quem sabe, doidice?

 

Mas o grupo é forte ... (de todas as partes)

A exigir meu sacrifício

Ao que d'início ... luto ... e reluto

Todavia, desamparado e sozinho, a tremer-me por inteiro

Ai! Como é tão fácil morrer bem antes d'ultimo suspiro!

 

 

E, em que "casa" de fato estou?

Ao que não faço ideia d'onde m’encontro:

Se acima [do solo] na terra, ou se num opaco túmulo ... (morto-vivo)

 

E então me pressionam

E me torturam

E não desistem do que querem me "transformar"

Oh, não! não param

 

Querem me roubar

Querem possuir minh'alma ... (minha sagrad'essência)

Oh! Quem dera se de fato eu morresse agora!

Todavia, não tive tal sorte!

 

Mas minha peleja segue ... e prossegue

Com intensa ferocidade

Enfraqueço-me pelo que tanto luto?

Às vezes

"Jogarei a toalha?”

Não, não quero

Nem devo

 

E, de repente, finjo ser um deles

A vestir-me sua farda ... (sua mentirosa casaca)

Contudo, ainda não pus o "quepe"

 

 

E concordando sigo (embora em meu âmago [sempre] discordando)

Hipocrisia? ... Covardia?

Oh! E quem assim não é ou não se torna mercenário

ou mesmo uma "prostituta" [pelo que, infelizmente, se vende]?

Nefasta "adaptação" desta inconsciente febre coletiva!

Contudo, tive outra escolha?

 

Os valores que outror'amava já não mais existem

Partiram, ... sucumbiram, ... morreram

E eu também

 

E ali estou

Mas, seria realmente "eu"?

Da minha vida a que se convalesce?

Não! com certeza, já não sou ... mais "eu"

 

Definitivamente, não há como discordar nem de Sartre nem de Asch

 

 

11 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

UM POUCO DE "EXISTENCIALISMO" ... (EM VERSOS)

 

E ali ... chego

E ali ... vou

E ali ... sou ... (ou "fiquei"?)

 

Deixar de "ser" ... um dia?

Ai! Quem dera!

Difícil

Depois que alguém "fica", é quase impossível ... ser o que antes era

 

E como alguém "é"?

Certamente, "morto agora" em seu espaço (que não é "ele")

 

E como são [todos] no mundo?

Quantos "disciplinados" soldados!

Todos fardados, ... todos "moralizados",... mecanizados, enfim ... todos "iguais"

Menos eu

Herético (ou revoltado) por ser ... eu

E somente eu mesmo

Seria coragem?

Ou seria, quem sabe, doidice?

 

Mas o grupo é forte ... (de todas as partes)

A exigir meu sacrifício

Ao que d'início ... luto ... e reluto

Todavia, desamparado e sozinho, a tremer-me por inteiro

Ai! Como é tão fácil morrer bem antes d'ultimo suspiro!

 

E, em que "casa" de fato estou?

Ao que não faço ideia d'onde m’encontro:

Se acima [do solo] na terra, ou se num opaco túmulo ... (morto-vivo)

 

E então me pressionam

E me torturam

E não desistem do que querem me "transformar"

Oh, não! não param

 

Querem me roubar

Querem possuir minh'alma ... (minha sagrad'essência)

Oh! Quem dera se de fato eu morresse agora!

Todavia, não tive tal sorte!

 

Mas minha peleja segue ... e prossegue

Com intensa ferocidade

Enfraqueço-me pelo que tanto luto?

Às vezes

"Jogarei a toalha?”

Não, não quero

Nem devo

 

E, de repente, finjo ser um deles

A vestir-me sua farda ... (sua mentirosa casaca)

Contudo, ainda não pus o "quepe"

 

E concordando sigo (embora em meu âmago [sempre] discordando)

Hipocrisia? ... Covardia?

Oh! E quem assim não é ou não se torna mercenário

ou mesmo uma "prostituta" [pelo que, infelizmente, se vende]?

Nefasta "adaptação" desta inconsciente febre coletiva!

Contudo, tive outra escolha?

 

Os valores que outror'amava já não mais existem

Partiram, ... sucumbiram, ... morreram

E eu também

 

E ali estou

Mas, seria realmente "eu"?

Da minha vida a que se convalesce?

Não! Com certeza, já não sou ... mais "eu"

 

Definitivamente, não há como discordar nem de Sartre nem de Asch

 

11 de novembro de 2024

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 11/11/2024
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