PERDIDO TEMPO

 

      Tempo
     E em sua "comédia" quão tolamente s’envaidece a vida
       ... do tudo que achou ser

     A vir ao pó qu’ela se torna ... e varre!
 E destarte toda sua formosura e encanto ... vede quanto que se perde!
  Mas, oh! do que nele se aproveita a que possa dizer que valeu sua pena?

    Ai! Morta legião dos que vivos se dizem em sua torpe covardia
          Dos que tanto pavor têm de no tempo se exporem
      E então se abrigam no ridículo de suas aversões ... (de seus medos)
            A que se resguardam do sol e da chuva, do frio e do calor
      E por isso o melhor da vida não aproveitam

                E matam o [próprio] tempo ...
             Pelo que se distraem com mil tarefas e ocupações
                 (na verdade, a s'entregarem ao nada)
        E s’envenenam com infinitas preocupações
          (como se as mesmas pudessem alguma coisa mudar!)

 



       Oh! E existirá plausível razão para que desta forma o sejamos?
           E como “perdemos” ... tempo!
        Do prazo que tão rápido passa (e nem percebemos)
                A que deixamos de beijar e abraçar a quem se ama

     Ou de perceber a lind'alvorada de cada dia

      Ou de contemplar a bela flor no jardim
          Tempo que s’evaporou, portanto
   A que permitimos zarpar a doce amizade co'a vida d’outrora
            Momento que s’esquivou ... e foi embora
       A permitirmos a vida se transcorrer em branco
             Quantos instantes que se dissiparam!

  E quando despertarmos (será?) eis que ouviremos o soar
    ... do implacável sinal a dizer a sentença da qual ninguém quer ouvir:
        “Está na hora de bater o ponto
             Chegou o momento de partir
                 Eis que teu tempo ... acabou!”

 

 

10 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

PERDIDO TEMPO

 

      Tempo
     E em sua "comédia" quão tolamente s’envaidece a vida
       ... do tudo que achou ser

     A vir ao pó qu’ela se torna ... e varre!
 E destarte toda sua formosura e encanto ... vede quanto que se perde!
  Mas, oh! do que nele se aproveita a que possa dizer que valeu sua pena?

    Ai! Morta legião dos que vivos se dizem em sua torpe covardia
          Dos que tanto pavor têm de no tempo se exporem
      E então se abrigam no ridículo de suas aversões ... (de seus medos)
            A que se resguardam do sol e da chuva, do frio e do calor
      E por isso o melhor da vida não aproveitam

                E matam o [próprio] tempo ...
             Pelo que se distraem com mil tarefas e ocupações
                 (na verdade, a s'entregarem ao nada)
        E s’envenenam com infinitas preocupações
          (como se as mesmas pudessem alguma coisa mudar!)


       Oh! E existirá plausível razão para que desta forma o sejamos?
           E como “perdemos” ... tempo!
        Do prazo que tão rápido passa (e nem percebemos)
                A que deixamos de beijar e abraçar a quem se ama

     Ou de perceber a lind'alvorada de cada dia

      Ou de contemplar a bela flor no jardim
          Tempo que s’evaporou, portanto
   A que permitimos zarpar a doce amizade co'a vida d’outrora
            Momento que s’esquivou ... e foi embora
       A permitirmos a vida se transcorrer em branco
             Quantos instantes que se dissiparam!

  E quando despertarmos (será?) eis que ouviremos o soar
    ... do implacável sinal a dizer a sentença da qual ninguém quer ouvir:
        “Está na hora de bater o ponto
             Chegou o momento de partir
                 Eis que teu tempo ... acabou!”

 

10 de novembro de 2024

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 10/11/2024
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