VENDO A VIDA, MAS NÃO NA VELOCIDADE DA LUZ (ainda bem)

 

  A luz a atravessar a fibrosa córnea                           
        Até chegar ao cristalino
     Da bel’imagem da rosa a qu’ele, então, percebe e contempla
          ... no tempo em que ela se forma

          E, por conseguinte, a assistir tod’a sua graça e formosura
    Do tempo a respeitar o espectador no que em ver aprecia
       E igualmente no que sua vista degusta ... ou, mesmo, suporta
   Do triste homem a presenciar com seus olhos
    ... talvez mais dúvidas e mentiras pelas formas que tant’enganam
           Todavia, não aquela flor (em su'hora)

 



              Ah, piedoso tempo!
         Quem poderia amar-nos mais do que tu?
     E vede bem [ele] nos ama

Sim, n'est'hora em qu'eu mirava a linda rosa:
       Dos contornos apreciáveis do que dela admiro e atento
         Mas não na velocidade da luz
              (a que rasga o próprio tempo)
           Se destarte o fizesse,
               ... decerto que em segundos murcharia a bela rosa
       E diante de meus pobres olhos, eis que morreria
            E, depois, não, portanto mais a veria...

           Não!
       Não podemos ver o que amamos ... na velocidade da luz
            Melhor assim?

              Talvez nem tanto

    Visto que se [realmente] ama o que se vê ... [isto] será sempre novo

                   (Mesmo qu’envelheça ... ou mesmo morra)

       Ver verdadeiramente [e ver co'amor] é ver além das formas

            É transcender a visão

 

 

10 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

VENDO A VIDA, MAS NÃO NA VELOCIDADE DA LUZ (ainda bem)

 

  A luz a atravessar a fibrosa córnea                           
        Até chegar ao cristalino
     Da bel’imagem da rosa a qu’ele, então, percebe e contempla
          ... no tempo em que ela se forma

          E, por conseguinte, a assistir tod’a sua graça e formosura
    Do tempo a respeitar o espectador no que em ver aprecia
       E igualmente no que sua vista degusta ... ou, mesmo, suporta
   Do triste homem a presenciar com seus olhos
    ... talvez mais dúvidas e mentiras pelas formas que tant’enganam
           Todavia, não aquela flor (em su'hora)


              Ah, piedoso tempo!
         Quem poderia amar-nos mais do que tu?
     E vede bem [ele] nos ama

Sim, n'est'hora em qu'eu mirava a linda rosa:
       Dos contornos apreciáveis do que dela admiro e atento
         Mas não na velocidade da luz
              (a que rasga o próprio tempo)
           Se destarte o fizesse,
               ... decerto que em segundos murcharia a bela rosa
       E diante de meus pobres olhos, eis que morreria
            E, depois, não, portanto mais a veria...

           Não!
       Não podemos ver o que amamos ... na velocidade da luz
            Melhor assim?

              Talvez nem tanto

    Visto que se [realmente] ama o que se vê ... [isto] será sempre novo

                   (Mesmo qu’envelheça ... ou mesmo morra)

       Ver verdadeiramente [e ver co'amor] é ver além das formas

            É transcender a visão

 

10 de novembro de 2024

 

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 10/11/2024
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