Como a dificuldade em me defender me prende no remorso e na acumulação de angústias internas
Atualmente venho percebendo o quanto me conformo com coisas que me deixam profundamente triste. Desde que me conheço por gente realizo tal desserviço à mim mesmo em usar o meu "mundinho" como aterro sanitário. Isto é, acumular as experiências negativas vigorosas , as quais subjugam minha coragem de enfrenta-las, em meu interior, assim, não adquirindo uma resolução, mas, sim, poeira para baixo do tapete. Por conta disso, não sou capaz de reconstruir as memórias de períodos da minha vida que foram repletas de sentimentos depressivos. Por um lado está a figura que mais me magoou, pelo outro, a que mais me trouxe alegria, ambas inertes em um mesmo indivíduo. Além disso, perco-me no maniqueísmo ao interpretar tal choque entre bom e mal. Vale ressaltar outro grande defeito meu: O de acatar a filosofia do 8 ou 80 subconscientemente ao buscar pelo equilíbrio. Portanto, divido-me em duas situações igualmente angustiantes, ou lembro do bom e sou injusto comigo mesmo por desconsiderar o mal, ou lembro do mal e sou injusto com o bom inerte na pessoa. Em ambas as situações me martirizo intensamente. Dito isso, não posso deixar de nutrir um intenso ódio por aqueles que, querendo ou não, me magoaram enquanto simultaneamente defendo-os. E este ódio, para onde vai? Que paradoxo irritante!