Sincericídios
"Eu estou começando a me sentir distante de novo, então eu decidi pegar essa caneta".
Bom, o irônico é que eu mal escrevo meus textos à mão, mas... Lá vamos nós, mais uma vez aqui, e de fones no ouvido. Mais uma vez atrasado, dizendo sobre diversas coisas de jeitos misteriosos, talvez só confusos mesmo. Ou talvez eu me comunique tão bem quanto uma porta, ou só acumule coisas até o ponto de não as saber explicar mais, nem seus motivos ou importâncias.
"Talvez"...
Eu só me cobre muito mesmo. Ou de menos.
Ou perca tempo demais me distraindo.
Lide mal com organização. Ou imprevistos.
Não tire um tempo sô pra mim.
Não me priorize, não me abra...
Não me cuide, seja falso.
Ou sincero demais.
Ou manipulador, egoísta, interesseiro...
Não saiba o que quero,
Ou teime demais com o que eu quero.
Ou subestime meus potenciais - e desenvolva todos eles errados, fora de ordem.
Ou subestime até o que eu já sei. Ou superestime.
Talvez eu seja só um paranoico com boa memória criando laços e sinapses onde nem se encaixam. Ou me perdi no personagem, precisei criar um monte deles mesmo.
Não peça ajuda ou socorro - ou só não saiba por onde começar. Quando? De novo - com certeza é atrasado.
Cada um tem seus segredos, mas são justamente esses que eu quero registrar.
Cravar em pedra, vida é só uma.
Pra quem puder entender, eu sou um livro aberto.
Foda é que o autor é bem ruim. E com tanta referência subliminar só piora. E mania de ser dramático. E sem empatia.
Ou talvez muita. Seletiva? Mais do que devia.
Julgue-me por isso, e eu provavelmente concordo.
E bom, ando rodeado mesmo até de profissionais de saúde mental. Deveria ouví-los mais?
E com muito café... Açúcar ou Adoçante?
Na dúvida, nenhum.
Eu só queria um pouco de rotina...
Um pouco.
Merda. Já é madrugada.
Eu não devia estar aqui, mas acho que é o único jeito de me implodir sozinho. No fim, é sempre assim, né? Me explico depois.
"Temos todo o tempo do mundo..."
"De novo"...
Mas "que as lágrimas sequem sozinhas"...
Se elas tivessem surgido, pra começo de conversa.
Fone no ouvido, luz apagada, um turbilhão de memórias, conversas e tarefas pendentes...
Um dos meus professores favoritos morreu, e acabei tendo pendências até com ele.
Era de Filosofia...
Acaba me dizendo mais do que eu gostaria.
Só sei que isso dá num monte de músicas.
Me explico por elas, é melhor.
Boa noite - seja lá quando for ler.
Isso não é um adeus, nunca vai ser.
E essa não é uma poesia - aliás, nunca foi.
Esse é só meu maior texto (salvo).
E eu ainda consegui não dizer nada demais... Ufa.