Libertar o outro da obrigação de nos fazer feliz
Cada pessoa vive experiências, carrega histórias e enxerga o mundo de uma forma única. Por isso, ninguém pode realmente sentir o que sentimos. Nossas dores, alegrias e angústias são percepções profundamente pessoais e intransferíveis, e está tudo bem que seja assim. Isso não significa que os outros não se importam ou que não desejem compreender; significa apenas que cada um tem uma essência própria, uma lente individual.
Esperar que alguém nos complete ou que seja o responsável pela nossa felicidade é colocar sobre o outro um peso impossível de carregar. A felicidade é um estado que nasce dentro de nós, da nossa relação com quem somos e do valor que damos à nossa própria jornada. Quando colocamos essa expectativa no outro, limitamos nossa própria capacidade de crescer e aprendermos a lidar com nossas próprias dores.
Libertar o outro da obrigação de nos fazer feliz é um ato de amor e respeito, tanto por nós quanto pelo outro. É dar a nós mesmos a responsabilidade de sermos nossos melhores companheiros. A vida se torna mais leve quando percebemos que, ao nos acolhermos, também nos fortalecemos e nos permitimos viver mais plenamente.
A felicidade depende unicamente de nós porque é uma construção diária, feita a partir do que escolhemos ver e valorizar em nossa própria caminhada. Esse entendimento nos liberta e nos permite viver relações mais saudáveis, onde cada um é responsável por si e, ao mesmo tempo, aberto para compartilhar alegrias e aprendizados com o outro.