A véspera de uma dor

Não consigo esquecer

Tal mulher amada

Que o destino meu não havia de ligar

O sol já sumiu

E difícil de te lembrar

Que ainda há um viver

Dentro dos teus olhos e dos olhos meus

A mulher que um dia me disseste adeus

Hoje vive bem longe de Deus

Que os céus clamem o teu voltar

Não há quem um dia disse ter te criado

Mas quem há um dia lhe prometeu a te amar

Hoje sou escravo daquilo que um dia existiu

Andava por meia escuridão

E de repente nada mudou

Apenas o susto de pensar em te ter

Chegou sem pedir licenças

Um fogo que não arde mas queima na pele

Eu chamaria isso de viver sem você

Fatalmente vivendo na fantasia de um Carnaval

Fugue
Enviado por Fugue em 06/11/2024
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