Veja Amor...

Veja Amor...

Veja amor...

Embora o amor esteja vivo em nós, teimamos em morrer tão devagar sem deixar legado. Sinto vergonha deste cenário criado por nós mesmo, onde estamos tão perto, e, tão distante, que, embora eu possa te tocar, não a sinto. Você por sua vez. Me sente, no entanto, não consegue tocar-me.

Veja amor...

Nas estradas, antes vistas pelos olhares apaixonados de outrora, nos perdemos em alguma curva, que ao longo do tempo, nem mesmo, podemos parar, pois, não havia acostamento, e assim, rever o que poderíamos ter ajustado, talvez até consertado, fazendo com que continuassemos a viagem, mas, acidentalmente nos traímos.

Veja amor...

Vale a pena medir a proporção da culpa, vale a pena buscar palavras quando o silêncio é a melhor saída, não houve pecado, você que é temente ao Deus deste seu mundo, não vale a pena se flagelar, aconteceu, por algum motivo, pois, dei-lhe motivos para. Quanto a mim, sem essa crença desmedida no inexistente divino, deixei-me ser levado pela fraqueza vil de ser humano, e, acabei envolvido em outros braços, que, nos abraços, acalentava-me.

Veja amor...

Não é o fim.

Podemos transformar tudo isso em uma forte amizade, pois, nos conhecemos o suficiente para usar com sabedoria todo nosso novo sentir, servindo um para o outro como a voz da consciência quando pensarmos em errar novamente, podemos sentar de frente ao outro com seus respectivos amores, podemos rir, podemos até quem sabe, perceber que o amor verdadeiro nasce no término de um amor que de adolescente durou o tempo necessário para amadurecer.

Veja amor...

Hoje, eu à vejo como deveria ter sido de fato... Amiga.

Texto: Veja Amor...

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 04/11/2024 às 20:29

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 04/11/2024
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