A SAGRADA JORNADA
“Venha, querido irmão, nosso destino aguarda”
(Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica)
O final?
Não, nunca saberemos quando estaremos realmente próximo do final
Mas, que isto importa, quando o que mais se conta é o d’estarmos indo?
(E sempre ... juntos)
E deste modo vamos seguindo ...
E o que é melhor, sem culp’alguma ... [de nada]
Não, não nos açoitemos com os chicotes do remorso
E menos ainda nos atormentemos com os cilícios dos arrependimentos
A vida é muito curta para bebermos do cálice dos ridículos pesares
e dos lamentos
E, a verdade é que ... há quem só faça assim!
Estamos aqui ... (e é tão bom!)
Sendo [apenas] isto o que vale
N’um espaço em que ninguém nos vê (e nem pode chegar)
Sim, escondidos de todos estamos
Mas não ... do tempo (oh! nunca)
E deste modo são ... nossos dias
Não existem [para nós] ... “ tempos exatos”
E quando digo “nós” refiro-me às “almas vivas”
O “resto” ... não conta
As mortas almas cuja soma do que fazem [no tempo] ... é “zero”
Tristes dos milhares que se “regulam” pelos ponteiros de seus relógios
Oh! Mas, o qu’estou [eu] agora a dizer?
Os relógios de hoje ... não têm ponteiros!
Tudo o que fazemos é muito bom (quando é feito com paixão)
E nós bem disto sabemos
Ainda que seja tudo ... tão rápido!
(E, haverá algo neste tempo que seja, pois ... ”prolongado”?)
Os que se movimentam somente para fora, oh! quanto se frustram!
E, toda vez que saem, voltam piores
E zangados ficam, pode-se dizer, pelo resto de suas [miseráveis] vidas
(Visto que não encontram o que procuram)
E o que pior:
Não aprenderam (nem nunca aprendem) ... nada
Sim, é fato:
Todos nós procuramos apenas uma única “coisa”
... (que nem precisa ser dito o seu nome)
Porém, estes, coitados, ah ...
Optaram em seguir sozinhos ... a longa jornada
E solitários vão ... até o final de seu duro exílio
E por que deste modo optaram?
Simplesmente porque são egoístas
Que pena!
Quão lamentável!
Não haverá quem os visite em seus velórios
Não haverá quem lhes jogue flores ... em seus túmulos
Quanto às vivas almas, a estratégia delas é outra
E para elas (oh, sim! para nós) ... a vida valeu a pena
04 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
********************************
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
A SAGRADA JORNADA
“Venha, querido irmão, nosso destino aguarda”
(Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica)
O final?
Não, nunca saberemos quando estaremos realmente próximo do final
Mas, que isto importa, quando o que mais se conta é o d’estarmos indo?
(E sempre ... juntos)
E deste modo vamos seguindo ...
E o que é melhor, sem culp’alguma ... [de nada]
Não, não nos açoitemos com os chicotes do remorso
E menos ainda nos atormentemos com os cilícios dos arrependimentos
A vida é muito curta para bebermos do cálice dos ridículos pesares
e dos lamentos
E, a verdade é que ... há quem só faça assim!
Estamos aqui ... (e é tão bom!)
Sendo [apenas] isto o que vale
N’um espaço em que ninguém nos vê (e nem pode chegar)
Sim, escondidos de todos estamos
Mas não ... do tempo (oh! nunca)
E deste modo são ... nossos dias
Não existem [para nós] ... “ tempos exatos”
E quando digo “nós” refiro-me às “almas vivas”
O “resto” ... não conta
As mortas almas cuja soma do que fazem [no tempo] ... é “zero”
Tristes dos milhares que se “regulam” pelos ponteiros de seus relógios
Oh! Mas, o qu’estou [eu] agora a dizer?
Os relógios de hoje ... não têm ponteiros!
Tudo o que fazemos é muito bom (quando é feito com paixão)
E nós bem disto sabemos
Ainda que seja tudo ... tão rápido!
(E, haverá algo neste tempo que seja, pois ... ”prolongado”?)
Os que se movimentam somente para fora, oh! quanto se frustram!
E, toda vez que saem, voltam piores
E zangados ficam, pode-se dizer, pelo resto de suas [miseráveis] vidas
(Visto que não encontram o que procuram)
E o que pior:
Não aprenderam (nem nunca aprendem) ... nada
Sim, é fato:
Todos nós procuramos apenas uma única “coisa”
... (que nem precisa ser dito o seu nome)
Porém, estes, coitados, ah ...
Optaram em seguir sozinhos ... a longa jornada
E solitários vão ... até o final de seu duro exílio
E por que deste modo optaram?
Simplesmente porque são egoístas
Que pena!
Quão lamentável!
Não haverá quem os visite em seus velórios
Não haverá quem lhes jogue flores ... em seus túmulos
Quanto às vivas almas, a estratégia delas é outra
E para elas (oh, sim! para nós) ... a vida valeu a pena
04 de novembro de 2024