Ao décimo terceiro signo

Todos partem, inevitavelmente.

A majestosa presença do ser humano, tão imponente e seguro de si, se dissolve como a neblina ao amanhecer.

Despede-se como cada criatura que caminha, rasteja, nada, voa ou floresce sob o mesmo sol.

Desde o colossal e poderoso mamífero que ruge na vastidão das savanas ao minúsculo ser que pulsa no mais esquecido dos cantos.

Tudo o que respira, tudo o que vive, traça um caminho em direção ao silêncio.

É o mesmo destino que une o esplendor das águias, as profundezas das baleias e a fragilidade das folhas secas que o vento leva.

Todos somos passageiros, apenas breves presenças sob o olhar eterno do tempo.

E ao fim, não há distinção entre o forte e o frágil, o majestoso e o pequeno.

Pois cada alma, por mais efêmera, carrega o mesmo chamado, o mesmo enigma:

Nascer, brilhar, partir.

É um ciclo.

Seria um eterno recomeço?