AS PALAVRAS ... NO TEMPO

 

"Fala se tens palavras mais fortes do que o silêncio,

ou então guarda silêncio"

(Eurípedes)

 

As palavras!

Silencioso era tudo até a hora em qu’elas vieram?

Talvez não!

Ou a partir delas tudo [aqui] se tornou ... um caos, será?

Por que "deste modo" o mundo é o que é, então?

Seria “culpadas”  ... - as palavras?

 

As palavras!

Mas, por qu’existem?

D’onde veem (ou vieram)?

Para que servem?

Seriam, de fato, “necessárias” ... (imprescindíveis)?

Quais horas são melhores ... "ditas"?

Pergunto-vos novamente: qual a sua "melhor hora"?

 

 

Retirai do mundo as palavras e como o será a partir dest’hora?

Poderia alguém imaginar?

Um mundo sem palavras!?

Ora, pois...

Ah! Sem palavras para dizer o qu'eu acho

 

Mente quieta, ... serena, ... silente (esvaziada a que, portanto seja?)

Da boca a proferir o melhor discurso (todavia, somente agora):

A dizer tudo, mas, no silêncio delas (a qu'eram tão antes vazias)

De alma pra alma ... (apenas isto ... e tudo)

Contudo, n'uma mensagem a dispensar [totalmente] o seu uso (das palavras)

 

Dinâmico silêncio!

O mais perfeito modo das palavras (ainda que não ditas) proferidas

E, portanto, coroa a alma de quem as diz

E muito agraciam a de quem, então, as recebem

 

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Palavras ... agora ... ditas

Mas, quem ponderaria o seu real ... perigo?

Ah! Palavras malditas são sempre ... "mal ditas"?

Não sei responder

Embora tomo a liberdade de dizer que as palavras mal ditas são deveras ... "malditas"

 

As palavras!

Substituiria agora o vocábulo “capital” por “palavra”

Ao que parafrasearia o que disse Gandhi:

“A ‘palavra’ em si não é má; mas o mau uso dela a transforma num mal”

D’aquela que como uma bala d’um revolver disparado acerta em

... cheio em quem mira

 

Oh! Quem dera se todas as palavras amáveis fossem!

No que abençoariam a quem dela recebessem

E pelas mãos da Vida premiados seriam os que as proferissem

 

 

E poderia alguém imaginar o mundo se todas as palavras fossem “justas”?

Alguém poderia "idealizar" um tempo feito somente de palavras

... doces e pacíficas?

Uma grande utopia, ao que assim eu diria

Considerando que vivemos n’um mundo que tão se apraz em

... cometer injustiças!

Sim, um escuro e verbal espaço feito de calúnias e falsidades

Por almas que ávidas são em enganar tantos

Em busca de seus lucros pessoais e indecentes

Sobretudo, quando a mentira é tão adorada e querida no tempo

E por isso a macular o veredito dos mundanos tribunais

 

Palavras!

Fossem apenas, palavras, então?

Não! oh, não! Não são palavras apenas (quando ditas ou escritas)

Podem ser sim, mãos ... que afagam

Como podem ser ... facas ... que ferem (ou matam)

Tal como o bisturi nas mãos d’um cirurgião

A poder ser usado tanto para a piedade quanto par’um homicídio

(Caso este tiver o dolo de matar, é claro)

 

 

Palavras!

Poderia alguém impune ser em seu mal uso?

Não acho

Quanto cuidado em seu uso, então!

 

Sê silente no dizer (ou mesmo escrever) em tudo?

Certamente (às vezes)

E quem disse que sempre precisamos de palavras para dizer

... o que queremos?

Nem sempre!

Todavia, que ninguém peque pela omissão quando então

... as palavras deveriam ser ditas

 

E assim seja!

 

 

04 de novembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

AS PALAVRAS ... NO TEMPO

 

"Fala se tens palavras mais fortes do que o silêncio,

ou então guarda silêncio"

(Eurípedes)

 

As palavras!

Silencioso era tudo até a hora em qu’elas vieram?

Talvez não!

Ou a partir delas tudo [aqui] se tornou ... um caos, será?

Por que "deste modo" o mundo é o que é, então?

Seria “culpadas”  ... - as palavras?

 

As palavras!

Mas, por qu’existem?

D’onde veem (ou vieram)?

Para que servem?

Seriam, de fato, “necessárias” ... (imprescindíveis)?

Quais horas são melhores ... "ditas"?

Pergunto-vos novamente: qual a sua "melhor hora"?

 

Retirai do mundo as palavras e como o será a partir dest’hora?

Poderia alguém imaginar?

Um mundo sem palavras!?

Ora, pois...

Ah! Sem palavras para dizer o qu'eu acho

 

Mente quieta, ... serena, ... silente (esvaziada a que, portanto seja?)

Da boca a proferir o melhor discurso (todavia, somente agora):

A dizer tudo, mas, no silêncio delas (a qu'eram tão antes vazias)

De alma pra alma ... (apenas isto ... e tudo)

Contudo, n'uma mensagem a dispensar [totalmente] o seu uso (das palavras)

 

Dinâmico silêncio!

O mais perfeito modo das palavras (ainda que não ditas) proferidas

E, portanto, coroa a alma de quem as diz

E muito agraciam a de quem, então, as recebem

 

Palavras ... agora ... ditas

Mas, quem ponderaria o seu real ... perigo?

Ah! Palavras malditas são sempre ... "mal ditas"?

Não sei responder

Embora tomo a liberdade de dizer que as palavras mal ditas são deveras ... "malditas"

 

As palavras!

Substituiria agora o vocábulo “capital” por “palavra”

Ao que parafrasearia o que disse Gandhi:

“A ‘palavra’ em si não é má; mas o mau uso dela a transforma num mal”

D’aquela que como uma bala d’um revolver disparado acerta em

... cheio em quem mira

 

Oh! Quem dera se todas as palavras amáveis fossem!

No que abençoariam a quem dela recebessem

E pelas mãos da Vida premiados seriam os que as proferissem

 

E poderia alguém imaginar o mundo se todas as palavras fossem “justas”?

Alguém poderia "idealizar" um tempo feito somente de palavras

... doces e pacíficas?

Uma grande utopia, ao que assim eu diria

Considerando que vivemos n’um mundo que tão se apraz em

... cometer injustiças!

Sim, um escuro e verbal espaço feito de calúnias e falsidades

Por almas que ávidas são em enganar tantos

Em busca de seus lucros pessoais e indecentes

Sobretudo, quando a mentira é tão adorada e querida no tempo

E por isso a macular o veredito dos mundanos tribunais

 

Palavras!

Fossem apenas, palavras, então?

Não! oh, não! Não são palavras apenas (quando ditas ou escritas)

Podem ser sim, mãos ... que afagam

Como podem ser ... facas ... que ferem (ou matam)

Tal como o bisturi nas mãos d’um cirurgião

A poder ser usado tanto para a piedade quanto par’um homicídio

(Caso este tiver o dolo de matar, é claro)

 

Palavras!

Poderia alguém impune ser em seu mal uso?

Não acho

Quanto cuidado em seu uso, então!

 

Sê silente no dizer (ou mesmo escrever) em tudo?

Certamente (às vezes)

E quem disse que sempre precisamos de palavras para dizer

... o que queremos?

Nem sempre!

Todavia, que ninguém peque pela omissão quando então

... as palavras deveriam ser ditas

 

E assim seja!

 

04 de novembro de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 04/11/2024
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