Tecido do Existir

Essa reverência ao silêncio, às memórias passadas, aos sentimentos mais preciosos que nunca, jamais, se calarão... Esse caminhar e se perder por estradas de sombras e luz ao mesmo tempo, onde a névoa esconde e aos poucos revela a alma em constante ebulição... Esse instante único de partilha entre o Eu-lírico e a natureza, a nostalgia e melancolia de um caminhar em antigas lembranças, que nos permite contemplar as dores e saudades que ficaram, mas também (ao mesmo tempo) o encantamento de aceitar a profundidade da experiências vividas que ainda em nós persistem e que nunca precisamos deixar morrer porque fazem parte do tecer de nosso próprio ser, o mosaico que somos, os fragmentos passados que sempre farão parte do tecido do nosso existir, do nosso viver e morrer.