É isso...
É isso...Como pode um triozinho de palavras ser tão lacônico e ao mesmo tempo tão vasto?
Toda a sentimentalidade da alma se esconde nos três cantinhos, mas o receptor desse amarradinho de vocábulos só consegue captar um sinal confuso.
É isso o que? É amor? Ou será o fim do amor? Não se sabe.
Por isso, odeio essa frase, mesmo que eu a diga com frequência.
A verdade é que meus lábios só proferem tais expressões a fim de emudecer sentimentos ebulientes, que talvez seriam incompreendidos pelo receptor. (Ou não)
É isso...É isso que falo ao invés da verdade.
E o arrependimento me agarra diante do meu falso laconismo...
Mas agora já é tarde. Preciso aprender a lidar com as consequências do meu sem número de "É isso".
Anseio pelo dia que a coragem irá me revestir, então conseguirei verbalizar o que de fato sinto.
"É isso..."