FELIZ DIA DOS MORTOS (AOS QUE NÃO ESTÃO VIVOS, É CLARO)
“Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo/
Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim/
... porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”
(São Paulo)
Dois de novembro
Data em que a Igreja Católica celebra o “Dia dos fiéis Defuntos”
Também conhecido como "Dia de Finados"
Ou, mais ainda ... "Dia dos Mortos"
E nest'hora eu pergunto:
O que é ... a vida?
E o que é ... a morte?
O que é viver?
E o que é morrer?
Por que a morte ... existe?
Ou ela - a morte - não existe?
Por que quando alguém morre é dito
... "receba os meus pêsames e os meus sentimentos"?
Não seria tal expressão uma negação da "esperança"?
Não seria mais uma confirmação de que não se crê em nada,
ou de que depois deste tempo não haverá ... mais nada?
Morrer!
Um dia não mais aqui estaremos, por certo
Por que a Vida nos fez (neste prazo [em] qu’Ela nos deu)?
Caminhamos no tempo ... a que parece correr de nós
E nele um medo a estar sempre a nos esmagar:
Um’aversão, ou mais precisamente, um horror ... pela morte
Que a qualquer momento virá (para todos)
Por que não queremos t’encontrar, ó Morte?
Pergunto nest'instante para mim
Algo que [no íntimo] todos fazem
Ah! Mas quem deveras vivo [aqui] s’encontra?
Respondei-me alguém a que vivo se creia ... estar
Nesta jornada que tanto s’estica
E que achamos que jamais findará?!
Verdade é que foge de muitos a lucidez de que [aqui] vivo s’está
E quem "é" realmente vivo neste tempo o qual
... nos foi concedido?
O egoísta (a quem a ninguém ama e somente a si mesmo e
... de forma imperfeita se adora) ... é vivo?
O preconceituoso (a quem não vê um outro como gente) ... é vivo?
O racista, o homófobo, o xenófobo (em suas aversões a tantos)
... seriam [estes] vivos?
O soberbo e orgulhoso (a quem tem olhos somente para si) ... é vivo?
O ganancioso e avarento (a quem não quer dividir nada com
... ninguém) ... é vivo?
O intolerante (tão “dono” de suas mentirosas verdades) ... é vivo?
O violento e perverso (que se inflama de ódio) ... é vivo?
O pedófilo (na monstruosidade de sua mania) ... é vivo?
O psicopata (que tanto se apraz em alguém maltratar) ... é vivo?
O fanático (amante de seus ídolos e falsos deuses) ... é vivo?
O dependente químico e o alcoólatra (escravos a que são
... de seus vícios) ... são vivos?
O déspota (em sua prepotência e tirania) ... é vivo?
Ah! Estar vivo é bem mais que somente ... respirar... comer ...
... beber ... dormir ... cagar ... mijar ...
Dos milhões que parecem estar, talvez, apenas n'uma espécie
... de "coma vigil"
E cada qual a ser apenas ... "vegetal" ... no tempo
Pelo que suas almas mortas estão!
Meu Deus, quantos mortos [aqui] ... neste mundo!
Ah! Creio que o necessário batismo seja na verdade isto:
Lavar-nos de nossas imundícies ... que nos rouba ... a vida
Mas, que aqui fique bem claro:
Refiro-me ao "verdadeiro batismo"
E agora eu pergunto para mim mesmo:
Por que vivo?
Ou ... vivo ... para quê?
Por que morrerei?
Preciso mesmo morrer?
E morrerei ... de fato?
"Quando" estou ... vivo?
"Quando" estou ... morto?
E o que é estar ... vivo?
E o que é estar ... morto?
Existe diferença em dizer "estar" vivo ... e "ser" vivo?
"Quando"!
Uma conjunção adverbial temporal
No necessário "tempo" em que nele vivemos
E acaso alguém poderia viver fora do tempo?
Ah! Ausente o tempo, nem existiríamos
Existir e ser!
Seriam diferentes ou seriam, na verdade, iguais?
E então, "quando" estou vivo?
Somente "quando" amando estou?
Somente "quando" o amor em mim habita?
É claro
Considerando que "ninguém vive sem amor
Sem amor ... somente existe"
(como já dizia um grande sábio: "Jiddu Krishnamurti")
E ... apenas "existir" é muito pouco
... para nós que deveríamos sempre ... "ser"
E por qu'eu não posso (ou não consigo) amar o tempo todo
... para que assim "sendo", vivo sempr'estivesse?
Mas, por que estes ”mortos” acham qu’estão em vantagem sobre
... os verdadeiramente vivos?
Por qu’eles se acham “melhores que os outros”?
Talvez justamente por que não se veem nos outros
E, portanto, não têm empatia e nem se importam ... com ninguém
E, sobretudo, porque acreditam que o outro seja somente
... ”um outro” (distante deles)
E, interessante ver como eles se creem “imortais”!
Tolos ...!
Malditos ...!
Dizer que está vivo só porque se respira não seria pouco?
E cego d’alma não estaria a quem embora olhos tenha,
... não prest’atenção em cois'alguma (em nada)?
Por que ninguém escuta a voz do coração (que fala)
... a preferir ouvir somente os discursos [enganosos] do mundo?
Passei por um lindo jardim (qu’eu não vi)
Ao qu’embora caminhando, lia as mensagens em meu celular
O aroma da dama da noite, ... oh! não provei
(pelo que a fumaça de meu cigarro me impediu)
A brisa refrescante d’hora, oh, que pena! também não senti
(visto qu’estava "blindado" por meu terno)
Ah! talvez a gravata seria o símbolo d’uma forca
(pelo tanto que me sufoca)
O cantar dos pássaros d’alvorada a se fazer, ... oh! não percebi
Também pudera: ando com fones d’ouvido!
Ai! Quão insensato sou em crer que [ainda] estou vivo!
Oh! Por qu’eu não “consigo” ... amar?
Tentado sou [constantemente] pelas mentiras do tempo
E atrás delas corro
E por elas ... me mato
(E mato com meu ódio a quem não tolero)
Que vida mais sem sentido!
“Quando foi qu’eu nasci?
Quando foi que a vida se fez ... em mim?
E quando foi qu’eu ... morri?
E quando foi que a vida se desfez ... em mim?”
Pergunto-me, então, nest’hora
“Estou vivo ... ou estou ... morto”
Pergunt'outra vez ... para mim
E quanto à verdadeira ... Vida!?
No qu’ela se fecunda na terra (na metamorfose que se fará)
... a morte habita na vida ... e vice-versa?
Se for assim, há uma vida [também] ... na morte
Como há uma morte ... na vida
Fazendo-se, portanto, a necessidade de compreendê-la
Para que não caiamos na discriminação da mentirosa mente
A amar [somente] a vida
E a odiar [sempre] ... a morte
Um dia todos seremos ... pó
(É mais que certo)
É verdade:
Um dia nos perderemos ... de tudo o que [aqui} fizemos
Todavia, não ... morreremos
E por que não?
Simplesmente porque a morte ... não existe
(Pelo menos ... para quem “é” vivo)
"Fiquemos ... vivos", então!
02 de novembro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
FELIZ DIA DOS MORTOS (AOS QUE NÃO ESTÃO VIVOS)
“Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo/
Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim/
... porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”
(São Paulo)
Dois de novembro
Data em que a Igreja Católica celebra o “Dia dos fiéis Defuntos”
Também conhecido como "Dia de Finados"
Ou, mais ainda ... "Dia dos Mortos"
E nest'hora eu pergunto:
O que é ... a vida?
E o que é ... a morte?
O que é viver?
E o que é morrer?
Por que a morte ... existe?
Ou ela - a morte - não existe?
Por que quando alguém morre é dito
... "receba os meus pêsames e os meus sentimentos"?
Não seria tal expressão uma negação da "esperança"?
Não seria mais uma confirmação de que não se crê em nada,
ou de que depois deste tempo não haverá ... mais nada?
Morrer!
Um dia não mais aqui estaremos, por certo
Por que a Vida nos fez (neste prazo [em] qu’Ela nos deu)?
Caminhamos no tempo ... a que parece correr de nós
E nele um medo a estar sempre a nos esmagar:
Um’aversão, ou mais precisamente, um horror ... pela morte
Que a qualquer momento virá (para todos)
Por que não queremos t’encontrar, ó Morte?
Pergunto nest'instante para mim
Algo que [no íntimo] todos fazem
Ah! Mas quem deveras vivo [aqui] s’encontra?
Respondei-me alguém a que vivo se creia ... estar
Nesta jornada que tanto s’estica
E que achamos que jamais findará?!
Verdade é que foge de muitos a lucidez de que [aqui] vivo s’está
E quem "é" realmente vivo neste tempo o qual
... nos foi concedido?
O egoísta (a quem a ninguém ama e somente a si mesmo e
... de forma imperfeita se adora) ... é vivo?
O preconceituoso (a quem não vê um outro como gente) ... é vivo?
O racista, o homófobo, o xenófobo (em suas aversões a tantos)
... seriam [estes] vivos?
O soberbo e orgulhoso (a quem tem olhos somente para si) ... é vivo?
O ganancioso e avarento (a quem não quer dividir nada com
... ninguém) ... é vivo?
O intolerante (tão “dono” de suas mentirosas verdades) ... é vivo?
O violento e perverso (que se inflama de ódio) ... é vivo?
O pedófilo (na monstruosidade de sua mania) ... é vivo?
O psicopata (que tanto se apraz em alguém maltratar) ... é vivo?
O fanático (amante de seus ídolos e falsos deuses) ... é vivo?
O dependente químico e o alcoólatra (escravos a que são
... de seus vícios) ... são vivos?
O déspota (em sua prepotência e tirania) ... é vivo?
Ah! Estar vivo é bem mais que somente ... respirar... comer ...
... beber ... dormir ... cagar ... mijar ...
Dos milhões que parecem estar, talvez, apenas n'uma espécie
... de "coma vigil"
E cada qual a ser apenas ... "vegetal" ... no tempo
Pelo que suas almas mortas estão!
Meu Deus, quantos mortos [aqui] ... neste mundo!
Ah! Creio que o necessário batismo seja na verdade isto:
Lavar-nos de nossas imundícies ... que nos rouba ... a vida
Mas, que aqui fique bem claro:
Refiro-me ao "verdadeiro batismo"
E agora eu pergunto para mim mesmo:
Por que vivo?
Ou ... vivo ... para quê?
Por que morrerei?
Preciso mesmo morrer?
E morrerei ... de fato?
"Quando" estou ... vivo?
"Quando" estou ... morto?
E o que é estar ... vivo?
E o que é estar ... morto?
Existe diferença em dizer "estar" vivo ... e "ser" vivo?
"Quando"!
Uma conjunção adverbial temporal
No necessário "tempo" em que nele vivemos
E acaso alguém poderia viver fora do tempo?
Ah! Ausente o tempo, nem existiríamos
Existir e ser!
Seriam diferentes ou seriam, na verdade, iguais?
E então, "quando" estou vivo?
Somente "quando" amando estou?
Somente "quando" o amor em mim habita?
É claro
Considerando que "ninguém vive sem amor
Sem amor ... somente existe"
(como já dizia um grande sábio: "Jiddu Krishnamurti")
E ... apenas "existir" é muito pouco
... para nós que deveríamos sempre ... "ser"
E por qu'eu não posso (ou não consigo) amar o tempo todo
... para que assim "sendo", vivo sempr'estivesse?
Mas, por que estes ”mortos” acham qu’estão em vantagem sobre
... os verdadeiramente vivos?
Por qu’eles se acham “melhores que os outros”?
Talvez justamente por que não se veem nos outros
E, portanto, não têm empatia e nem se importam ... com ninguém
E, sobretudo, porque acreditam que o outro seja somente
... ”um outro” (distante deles)
E, interessante ver como eles se creem “imortais”!
Tolos ...!
Malditos ...!
Dizer que está vivo só porque se respira não seria pouco?
E cego d’alma não estaria a quem embora olhos tenha,
... não prest’atenção em cois'alguma (em nada)?
Por que ninguém escuta a voz do coração (que fala)
... a preferir ouvir somente os discursos [enganosos] do mundo?
Passei por um lindo jardim (qu’eu não vi)
Ao qu’embora caminhando, lia as mensagens em meu celular
O aroma da dama da noite, ... oh! não provei
(pelo que a fumaça de meu cigarro me impediu)
A brisa refrescante d’hora, oh, que pena! também não senti
(visto qu’estava "blindado" por meu terno)
Ah! talvez a gravata seria o símbolo d’uma forca
(pelo tanto que me sufoca)
O cantar dos pássaros d’alvorada a se fazer, ... oh! não percebi
Também pudera: ando com fones d’ouvido!
Ai! Quão insensato sou em crer que [ainda] estou vivo!
Oh! Por qu’eu não “consigo” ... amar?
Tentado sou [constantemente] pelas mentiras do tempo
E atrás delas corro
E por elas ... me mato
(E mato com meu ódio a quem não tolero)
Que vida mais sem sentido!
“Quando foi qu’eu nasci?
Quando foi que a vida se fez ... em mim?
E quando foi qu’eu ... morri?
E quando foi que a vida se desfez ... em mim?”
Pergunto-me, então, nest’hora
“Estou vivo ... ou estou ... morto”
Pergunt'outra vez ... para mim
E quanto à verdadeira ... Vida!?
No qu’ela se fecunda na terra (na metamorfose que se fará)
... a morte habita na vida ... e vice-versa?
Se for assim, há uma vida [também] ... na morte
Como há uma morte ... na vida
Fazendo-se, portanto, a necessidade de compreendê-la
Para que não caiamos na discriminação da mentirosa mente
A amar [somente] a vida
E a odiar [sempre] ... a morte
Um dia todos seremos ... pó
(É mais que certo)
É verdade:
Um dia nos perderemos ... de tudo o que [aqui} fizemos
Todavia, não ... morreremos
E por que não?
Simplesmente porque a morte ... não existe
(Pelo menos ... para quem “é” vivo)
"Fiquemos ... vivos", então!
02 de novembro de 2024