O som
Hoje eu me liberto
de tudo que me aprisiona,
horas e horas sem dormir,
em uma busca
daquilo que de fato é,
e sem nada fazer,
escuto noite a noite
o mesmo som.
Me fazer parar
é o que me liberta,
e nesta intensão
me reinvento,
a cada dia
em fugir desta armadilha
contra minha sanidade.
Afinal,
quem imaginou
que hoje seria assim,
tão falso,
sujo
e mentiroso.
Não sei fingir,
não aprendi a dissimulação
que esconde na moralidade
que tanto apregoa,
que afirma ser
tão indignada.
Sou louco,
inventor de causos
e fantasiador,
mas, sei entender
que cada ato representa
a afirmação do que quer.
E o que resta agora
é só me desprender
da dor
e ignorar
o sofrimento.