COMPRADOR DE ILUSÕES! (caindo sempre no conto do vigário)
Por onde s'encontra aquela a quem tanto busco?
Nas perdidas horas ... sejam da noite ... sejam do dia
Entre as confusas balbúrdias das vozes nas ruas
Ou mesmo nos omissos silêncios dos covardes dest'exílio
E deste modo sigo ... e prossigo
Sem rumo ... sem rota ... sem mapa (sem nada)
Mas sempre ... avançando (ininterruptamente)
Muro alto ... diante de meus olhos a que nest'hora s'encontra
Portão fechado ... à minha frente ... (trancado)
- O qu'estará d'outro lado?
Ao que assim me pergunto
Ah! Avivada curiosidade!
Estaria, pois, a felicidade d'outro lado [daquele murado]
qu’eu assim o creio?
Do "saber" (oh! é verdade!) que ali vedado se acha!
Oh!! E em razão de minha indiscrição e bisbilhotice,
quantos me querem vender uma chave ... falsa
E deste modo [comigo] sempre fazem!
30 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR