Minha Filha.
Minha Filha.
Mancha sobre meu nome o sangue das palavras imaturas da idade. O corte rasga a garganta de onde a negação por um tempo foi extraída sem ou com noção da incerteza de ser PAI. hoje. lágrimas rolam na face deste, quando sem esperar, sinto o carinho no rosto com beijos doces, a face alegre neste momento inesperado, torna-se pesarosa relembrando as escritas feitas no furor da emoção, no corpo, deveria sentir arrependimento, mas, o que mudaria o fato do que fiz, apagaria as palavras descritas, talvez, anulasse tal quadro, porém, acho que não, o que me resta é tentar mostrar o quanto errei, e, acertar nos dias seguintes.
Olhe para você, uma mulher com seus 18 anos, que, ainda me chama de painho, me abraça calorosamente, me enche de beijos toda vez que conversando dou minha opinião sem sufocar as suas. Veja só, ainda ouço dizer que o que mais admita em mim, é ser verdadeiro não importando a proporção do assunto. Poderia eu estar mostrando de fato o quanto errei, ou, apenas no decorrer dos anos com sua maturidade mostra-se superior em sentimentos... Acho que sim!
Minha filha...
Seu pai apesar de escrever deveras, ainda não aprendeu a falar o quanto a admiro por ser esta mulher que é, por ser essa força a qual me apego nas muitas vezes em que sinto-me frágil com as palavras ditas sobre o quanto tem honra de ser filha, mas, uma vez choro, não de tristeza, nem mesmo de dores, e sim, de alegria pelo destino ter-me concedido tal dádiva... Te amo!
Texto: Minha Filha.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 29/10/2024 às 19:49