LAPSOS DO TEMPO... LAPSOS DA VIDA
Olhar vago para o nada... (para o tempo)
Da vista a atravessar os horizontes e as perspectivas (todas)
Do que degusto e nest'instante contemplo
E, com grande prazer, sacio
Poderia ser o tempo escutado ... (ouvido)?
Do que se experimenta e saboreia,
e às vezes nem tanto se aceita,
dos olhos que o prova... e vivencia... e sofre?!
E no intervalo desta vida
Ao prazo de seus segundos... minutos... horas... dias... anos...
Todas as alegrias... todas as dores
Todos os pesares.... todos os amores
Em seu íntimo e místico paradoxo
Ao que tudo se percebe e se toca
Na duração de cada breve instante
Entre a sístole e a diástole do existir
Ainda que cansadas [estejam] as lágrimas que regam o solo da existência
Na longa travessia da epopeia de cada filho
Gerado e fecundado em seu útero
Aos constantes espasmos das dores que aqui os apunhala
Porém, longe de mim as maldizer
Desta estrada que é, pois de fato... o caminho para o [sagrado] calvário
O primórdio da ressurreição
E não há outro...
Ao que o pensamento vagueia ... (vagabundeia) ... na vida
No ontem a que me esculpiu e teceu
Ou que permiti que o fizesse
A que então sou eu:
Não sei se real ... ou tão somente fantasia
E meus olhos viajam ...
Na perspectiva de meus anseios ao dia seguinte
Ah, este eterno amanhã que nunca chega!
A tanto se prolongar no oculto a que de mim se esconde
N’alternância de vultos e fantasmas
Em que à minha frente se projetam
E nest'hora pergunto:
O que ele em verdade me aguarda?
O que devo tanto, pois, esperar?
Não, não me digam
Permita-me ser surpreendido
Essa é a grande e imensa graça
Ou o maior encanto [de s'estar aqui] ... no mundo]
Então, por favor, não me revelem
Eu vos peço, eu imploro
E, então, fecho [agora] os meus olhos
Aspirando a suave brisa da estação vigente
E de pulmões cheios minha mente viaja ... voa ... flutua
Do presente a que nest'instante saboreio e não renego (jamais)
Até porque não poderia
Ah, o presente!
Quanto é tão esquecido, ... desprezado, ou, talvez, odiado!
E em que dele expulsamos ... a felicidade (é verdade)
Seria por que nele não acreditamos?
Seria, quiçá, por não ser amado?
Deveras, ... não sei!
E então, lanço o meu olhar vago
Para o nada ... (para o tempo)
Ao que minh’alma dança
Entre intervalos de silêncios
Aos melodiosos acordes do ... próprio tempo
29 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
LAPSOS DO TEMPO... LAPSOS DA VIDA
Olhar vago para o nada... (para o tempo)
Da vista a atravessar os horizontes e as perspectivas (todas)
Do que degusto e nest'instante contemplo
E, com grande prazer, sacio
Poderia ser o tempo escutado ... (ouvido)?
Do que se experimenta e saboreia,
e às vezes nem tanto se aceita,
dos olhos que o prova... e vivencia... e sofre?!
E no intervalo desta vida
Ao prazo de seus segundos... minutos... horas... dias... anos...
Todas as alegrias... todas as dores
Todos os pesares.... todos os amores
Em seu íntimo e místico paradoxo
Ao que tudo se percebe e se toca
Na duração de cada breve instante
Entre a sístole e a diástole do existir
Ainda que cansadas [estejam] as lágrimas que regam o solo da existência
Na longa travessia da epopeia de cada filho
Gerado e fecundado em seu útero
Aos constantes espasmos das dores que aqui os apunhala
Porém, longe de mim as maldizer
Desta estrada que é, pois de fato... o caminho para o [sagrado] calvário
O primórdio da ressurreição
E não há outro
Ao que o pensamento vagueia ... (vagabundeia) ... na vida
No ontem a que me esculpiu e teceu
Ou que permiti que o fizesse
A que então sou eu:
Não sei se real ... ou tão somente fantasia
E meus olhos viajam ...
Na perspectiva de meus anseios ao dia seguinte
Ah, este eterno amanhã que nunca chega!
A tanto se prolongar no oculto a que de mim se esconde
N’alternância de vultos e fantasmas
Em que à minha frente se projetam
E nest'hora pergunto:
O que ele em verdade me aguarda?
O que devo tanto, pois, esperar?
Não, não me digam
Permita-me ser surpreendido
Essa é a grande e imensa graça
Ou o maior encanto [de s'estar aqui] ... no mundo]
Então, por favor, não me revelem
Eu vos peço, eu imploro
E, então, fecho [agora] os meus olhos
Aspirando a suave brisa da estação vigente
E de pulmões cheios minha mente viaja ... voa ... flutua
Do presente a que nest'instante saboreio e não renego (jamais)
Até porque não poderia
Ah, o presente!
Quanto é tão esquecido, ... desprezado, ou, talvez, odiado!
E em que dele expulsamos ... a felicidade (é verdade)
Seria por que nele não acreditamos?
Seria, quiçá, por não ser amado?
Deveras, ... não sei!
E então, lanço o meu olhar vago
Para o nada ... (para o tempo)
Ao que minh’alma dança
Entre intervalos de silêncios
Aos melodiosos acordes do ... próprio tempo
29 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR