PERDIDO NA VIDA
“Não sei onde estou indo,
só sei que não estou perdido,
aprendi a viver um dia de cada vez”
(Renato Russo)
O meu psiquiatra me disse qu’eu sofro d’um "medo subjetivo"
E, portanto, irreal ... (imaginário)
Ainda que, às vezes, o sinta sob uma forma “somática”
Oh! O que é real neste mundo (no meio de tantas aparências)?
E o que é falso ... e o que é verdadeiro?
Será que ele realmente conhece a vida para que “bata o martelo”
... em tudo o que diz?
E será qu’eu não tenho o direito de contradizê-lo?
E será que o que a todos ensina ele pratica em sua vida [pessoal]?
Caso não fizer, será tão somente um hipócrita “fariseu”
(A propagar a todos teorias e crenças aprendidas também d'outros)
Cad’um ama o seu preferido pecado ...
E interessante a ser justamente aquele que mais lhe oprime
E ninguém ama ninguém
A não ser apenas o que n’alguém lhe interessa
Amor egoísta, então!
E que quando perde o interesse morre, portanto o amor
E ninguém suporta ninguém
Ao que convivemos com todos porque a necessidade nos obriga
Somente por isto
Meu Deus, que vida é esta?
Cad’um vive a su’amada "morte"
Todavia, morre de medo de morrer (para sempre)
Isso mesmo:
Ninguém é vivo porque ninguém vive (de verdade)
Somos apenas zumbis a andar pelo mundo
... nesta cruel e triste rotina que chamados de “vida”
E ninguém vive no presente ["agora"]
Mas só em dois tempos [que não são nossos]:
N’um passado, no arrependimento do que não se aproveitou [antes]
E n’um desconhecido futuro, ornado d’expectativas e ilusórias esperanças
(D’um tempo que talvez nem virá!)
Meu Deus, que prazer [duradouro] a vida nos dá?
Nenhum!
No futebol e nas novelas esquecemos a maldita realidade dest’exílio
Onde nestas horas nem lembramos do quanto a vida é dolorida
E o quanto ela nos é pesada
É verdade: o que a mídia nos dá é pura morfina!
Ninguém [aqui] tem alma
Somente números:
RG, CPF, PIS, CTPS, número do passaporte, senhas bancárias,
... valores do exame de sangue, da saturação de oxigênio...
E depois cada qual será só o número de sua lápide ou sua cova
D’onde vem a perversidade de minh’alma?
Por que, às vezes sou tão cruel?
Seria por que revoltado sou, sei lá?
Quem pode m’explicar por que certas horas no “escuro” estou?
Quem pode me dar estas respostas, meu Deus?
Perguntei a meu psiquiatra e eis como me respondeu:
- E quem neste mundo é são? Fique tranquilo, você não é diferente de ninguém
E como se diz: "aceita que dói menos"
Ah! Percebo então que há gente pior do que eu
E nest'hora me faço uma última pergunta:
Seria Deus uma abstração ou, mais na verdade, um desejo [nosso]?
Confesso que tenho medo da resposta
Ah! quer saber?
Vou ver com quem meu time irá jogar hoje
Tenho que ir atrás de “minha amada morfina”
Até por que...
Preciso m’esconder deste cara esquisito ... que sou eu!
29 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
PERDIDO NA VIDA
“Não sei onde estou indo,
só sei que não estou perdido,
aprendi a viver um dia de cada vez”
(Renato Russo)
O meu psiquiatra me disse qu’eu sofro d’um "medo subjetivo"
E, portanto, irreal ... (imaginário)
Ainda que, às vezes, o sinta sob uma forma “somática”
Oh! O que é real neste mundo (no meio de tantas aparências)?
E o que é falso ... e o que é verdadeiro?
Será que ele realmente conhece a vida para que “bata o martelo”
... em tudo o que diz?
E será qu’eu não tenho o direito de contradizê-lo?
E será que o que a todos ensina ele pratica em sua vida [pessoal]?
Caso não fizer, será tão somente um hipócrita “fariseu”
(A propagar a todos teorias e crenças aprendidas também d'outros)
Cad’um ama o seu preferido pecado ...
E interessante a ser justamente aquele que mais lhe oprime
E ninguém ama ninguém
A não ser apenas o que n’alguém lhe interessa
Amor egoísta, então!
E que quando perde o interesse morre, portanto o amor
E ninguém suporta ninguém
Ao que convivemos com todos porque a necessidade nos obriga
Somente por isto
Meu Deus, que vida é esta?
Cad’um vive a su’amada "morte"
Todavia, morre de medo de morrer (para sempre)
Isso mesmo:
Ninguém é vivo porque ninguém vive (de verdade)
Somos apenas zumbis a andar pelo mundo
... nesta cruel e triste rotina que chamados de “vida”
E ninguém vive no presente ["agora"]
Mas só em dois tempos [que não são nossos]:
N’um passado, no arrependimento do que não se aproveitou [antes]
E n’um desconhecido futuro, ornado d’expectativas e ilusórias esperanças
(D’um tempo que talvez nem virá!)
Meu Deus, que prazer [duradouro] a vida nos dá?
Nenhum!
No futebol e nas novelas esquecemos a maldita realidade dest’exílio
Onde nestas horas nem lembramos do quanto a vida é dolorida
E o quanto ela nos é pesada
É verdade: o que a mídia nos dá é pura morfina!
Ninguém [aqui] tem alma
Somente números:
RG, CPF, PIS, CTPS, número do passaporte, senhas bancárias,
... valores do exame de sangue, da saturação de oxigênio...
E depois cada qual será só o número de sua lápide ou sua cova
D’onde vem a perversidade de minh’alma?
Por que, às vezes sou tão cruel?
Seria por que revoltado sou, sei lá?
Quem pode m’explicar por que certas horas no “escuro” estou?
Quem pode me dar estas respostas, meu Deus?
Perguntei a meu psiquiatra e eis como me respondeu:
- E quem neste mundo é são? Fique tranquilo, você não é diferente de ninguém
E como se diz: "aceita que dói menos"
Ah! Percebo então que há gente pior do que eu
E nest'hora me faço uma última pergunta:
Seria Deus uma abstração ou, mais na verdade, um desejo [nosso]?
Confesso que tenho medo da resposta
Ah! quer saber?
Vou ver com quem meu time irá jogar hoje
Tenho que ir atrás de “minha amada morfina”
Até por que...
Preciso m’esconder deste cara esquisito ... que sou eu!
29 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR