Simplifique a vida antes que a IA faça isso por você!

Nas palavras de Carl Sagan, “A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica.” [1]. Esse palco está sendo assolado de todas as formas por uma espécie que habita sua superfície e “conspira para sua própria extinção”, como disse Miguel Nicolelis.

Estamos vivenciando uma tempestade perfeita fruto de calamidades em todas esferas. Na esteira geopolítica, temos guerras irrompendo potencializadas por radicalismo e agnotologia [2], num bombardeio (des)informacional a serviço da produção e distribuição de ignorância (teorias conspiracionistas, terraplanismo, antivacina,...). Na economia, inflação e estagflação numa sociedade envolta por um ambiente exponencialmente crescente de competitividade e desconforto como regra: estabilidade no trabalho vista como preguiça, atraso, vetor do ostracismo, exigindo dinamismo, constante e rápido aprendizado sem tempo de decantação.

Na esfera ambiental/climática, de nossa relação abusiva com a Terra temos o aquecimento global gerando, v.g.: inundações num quadrante, enquanto, noutro, secas prolongadas reduzem o volume de bacias hidrográficas; ondas de calor; tempestades com excessivas descargas elétricas provocando incêndios florestais (além dos causados e/ou potencializados por ações antrópicas); poluição da atmosfera com gases do efeito estufa em parâmetros insustentáveis; ciclones e furacões mais frequentes e intensos; derretimento das calotas polares; Antártida ficando verde; banquisa ártica reduzindo; tempestades solares (“Coronal Mass Ejection” afetando o campo magnético da Terra).

Além disso, temos uma célere mudança cultural por conta da evolução tecnológica e sua virtualização do mundo: avatares no metaverso, óculos AR (realidade aumentada) holográficos, Zoom, Google Meet, teletrabalho, teleconsulta, teleaulas, aplicativos para tudo (geração e edição de vídeos, textos e áudios, sendo capazes de escrever livros, fazer filmes, montar cenários, formar imagens, dublar vozes, criar trilhas sonoras). Para além de um desajuste evolutivo sob uma perspectiva biológica (dores na lombar e cervical, fascites, miopia, etc. – como aponta o paleoantropólogo Daniel Lieberman [3]), passamos a um desajuste eminentemente psíquico, fruto de uma profunda alteração não apenas da interação humana com o meio físico, mas, e fundamentalmente, de sua percepção e assimilação, numa dissonância cognitiva por conta do embate interno de visões desse mundo caleidoscópico.

De todos os aspectos, acredito que o tecnológico seja o mais impactante, senão agora, em breve, afluindo nas incertezas sobre o avanço da robótica e da IA. Quando, em 1956, foi utilizado pela primeira vez o termo IA, as expectativas superavam a realidade. Já hoje, dada a velocidade do avanço, essa lógica se inverteu. Há quem aponte, como Leopold Aschenbrenner, ex-funcionário da OpenAI (empresa do ChatGPT), que em 2027 teremos o AGI, sigla para “Artificial General Inteligence”. É o que chamam de singularidade: momento em que a IA atingirá uma inteligência igual/semelhante (ou superior) à humana, equiparando-se (ou superando) nossa capacidade de compreensão, autogestão e solução de problemas em todas as áreas.

Enquanto uns sustentam que os humanos e as máquinas inteligentes coexistirão harmoniosamente, como Raymond Kurzweil (sectário do transumanismo[4] e “o maior profeta da IA”, nas palavras de Bill Gates), para quem a AGI estará entre nós em 2029, o que se tem visto é a substituição de postos de trabalho mais rápido do que são criados, trazendo à baila discussões sobre “Renda Mensal Universal” (“Universal Basic Income”), licenças não remuneradas, regulações (leia-se limitações) ao desenvolvimento e uso da IA.

Claro que a IA tem pontos positivos. Em verdade, todos seus pontos poderiam ser positivos, pois o problema não está na codificação, mas nos codificadores. Aperfeiçoar a IA tão-só para o bem da humanidade, em prol da solução de problemas reais atuais ou potenciais, seria maravilhoso. Nesse aspecto temos, por exemplo, o recente Nobel de Química concedido aos cientistas David Baker, John M. Jumper e Demis Hassabis, os quais, lançando mão de IA, foram capazes de mapear a estrutura de base de todas as proteínas conhecidas, bem como criar um método para projetar novas proteínas. Isso, utilizem IA para racionalizar o tráfego, mapear vias, tornar mais eficientes exames e diagnósticos médicos, criar terapias gênicas, facilitar pesquisas de antibióticos e vacinas, projetar próteses, reforçar a proteção de sistemas computacionais, etc.

De outro lado, qual a finalidade de criar um robô antropomórfico capaz de servir bebidas e interagir com o público? É preciso questionar-se: qual o benefício para humanidade na total substituição de cozinheiros, baristas, bartenders, garçons, faxineiros, empacotadores de supermercado, caixas, motoristas, atendentes,..., por aplicativos, robôs e veículos autônomos? Qual a consequência disso senão uma legião de desempregados em tempo recorde? Um relatório recente do Instituto de Pesquisa de Políticas Públicas do Reino Unido apontou que a IA poderá causar o desaparecimento de quase 8 milhões de empregos apenas no Reino Unido, o que representa em torno de 20% do total de empregos [5]. Economistas da Goldman Sachs, por sua vez, preveem que a IA afetará 300 milhões de empregos no mundo [6]. Inclusive os programadores, com exceção dos melhores dos melhores (e temporariamente), não estão indenes de serem também substituídos por programas que programam.

Quando digo em tempo recorde é logo ali: recentemente o “gurutech” Elon Musk apresentou o Optimus, seu robô humanoide autônomo da Tesla, que pode ser configurado para, nas palavras dele: “ser o que você quiser...ser um professor, cuidar do seu filho, andar com seu cachorro, ir no mercado, ser seu amigo, servir bebidas,...enfim, tudo que você seja capaz de pensar ele fará!”. E ele completa: “É, vai ser fantástico!”. Ao mesmo tempo a Unitree, startup chinesa, apresenta seus cachorros robôs. Quem sabe veremos, num futuro próximo, um androide passeando com seu “robocão”! Vai ser fantástico, não?

Esse tipo de “avanço” entendo estar mais para um capítulo da humanidade em direção à concretização de uma profecia distópica autorrealizável. Senão a extinção da humanidade, estaremos diante do que a diz a canção da banda R.E.M.: “é o fim do mundo como conhecemos”, mas, diferentemente do verso final, eu não me sentirei bem! Ou será que a virtualização e artificialização, pelo contrário, nos salvarão, haja vista que o ser humano dia após dia demonstra ser incapaz de viver em harmonia entre si e com a natureza, indo de guerra em guerra, destruindo, desmatando, queimando.

Não se trata de arregimentar um novo ludismo, mas de atentar para velocidade com que tais mudanças estão ocorrendo e o perigo de não sermos capazes de absorvê-las no mesmo ritmo. Nas outras revoluções industriais as mudanças foram progressivas, com o próprio sistema tratando de gerar, concomitantemente às obsolescências, novos postos de trabalho no mesmo ramo e exigindo igual ou menor qualificação. Entretanto estamos diante de algo totalmente diferente: especialistas, como Mo Gawdat (ex-CBO da Google X – divisão responsável por criar tecnologias inovadoras para solução de problemas globais), afirmam que, no ritmo verificado, teremos uma nova realidade, totalmente disruptiva, entre 5 (cinco) a 10 (dez) anos. Em uma entrevista excepcional que todos deveriam assistir [7], Mo Gawdat apresenta questionamentos impactantes sobre esse frisson relativo à IA, entre eles: terá a AGI nosso melhor interesse em mente? Se a humanidade coloca lucratividade acima da ética, por que imaginar que a AGI pensará de forma diversa?

Professores substituídos por androides com pronúncia e compreensão próximas às de um ser humano. E as teleconsultas? O que impede de sermos atendidos por aplicativos com avatares de alta definição e IA avançada? Hologramas dando aulas de dança, sendo personal trainers, atendendo na farmácia. No âmbito jurídico, IA’s dando despachos, confeccionando sentenças, fazendo sustentações orais em sessões de julgamento por videoconferência. Quem sabe IA’s fazendo leis? Aliás, isso já ocorreu na Câmara Municipal de Porto Alegre, que teve uma lei sancionada (LC n.º 993, de 22/11/2023) sem que os demais, salvo o propositor, soubessem ter sido elaborada integralmente pelo ChatGPT. Robô em treinamento, ser humano em processo de desligamento!

Queimem os livros, os reduzam a cinzas e, depois, queimem as cinzas, não por uma distopia no estilo “Fahrenheit 451” [8], ou seja, não porque ofendem uma ou outra minoria ou ameaçam a massa ignara com conceitos complexos, mas porque se tornaram desnecessários. Se a leitura melhora a escrita, e essa foi substituída por um assistente virtual que transcreve a fala e constrói textos no formato desejado e com o conteúdo apropriado, então, para que ler? Queimem os livros!

Da escrita para a digitação, da imaginação para o visual, da linguagem escorreita para simplificação gutural. O mundo se imbecilizando na mesma proporção com que a IA vai se aperfeiçoando. Da leitura no original, para traduções, para resumos, resumos resumidos, frases até o ponto de simplesmente perguntar ao ChatGPT. É o GePeTo dos tempos modernos: o títere com o potencial para, em curto espaço de tempo, se tornar o titereiro da humanidade, e isso não é nenhuma mentira! Aliás, sobre a leitura, a neurociência é firme ao apontar que, mais do que ler, o façam em livros físicos, pois é essa forma é mais benéfica para o desenvolvimento cognitivo por lançar de mão de mais caminhos neurais, reforçando a informação. Livro físico estimula o tato, gera sons, tem cheiro e, para alguns, até gosto. Nada obstante, o pessoal só quer saber de telas e mais telas!

Reitero, não se trata de demonizar a tecnologia, mas de não a glorificar numa euforia coletiva, como uma panaceia de todos males físicos, psíquicos e espirituais. A maioria aceita o crescente enraizamento da IA em suas vidas porque acredita que mais é melhor, que mais rápido é melhor. Será mesmo? Será que sempre o é? Não será isso uma mentira dita mil vezes?

A grande maioria está, consciente ou inconscientemente, num viés de confirmação, ou seja, limitam as informações ao crivo ideológico de positividade da IA. Veja, criticar a IA não significa, de outro lado, tecer um saudosismo incapacitante, haja vista que isso nada mais é do que um outro viés cognitivo, o "argumentum ad antiquitatem", ou seja, um apego exagerado à tradição, pois, como bem disse Rolandro Boldrin em sua famosa na canção: “quem refuga o mundo resmungando, passará berrando essa vida marvada”.

Devemos nos perguntar: se a IA trouxer abundância ao ponto de que nada mais precise ser feito pelo ser humano, ou seja, energia, comida, administração, saneamento, saúde, etc., tudo devidamente resolvido sob o comando de máquinas e softwares inteligentes, isso será realmente algo bom? Uma total independência da IA e nossa total dependência dela será algo bom? Os codificadores dos sistemas inteligentes deixarão lacunas para uma permanente intervenção ou, no mínimo, supervisão humana? Ou, sabedores que é da índole humana a desconfiança e o jogo de poder, isso é, prevendo a inevitável disputa pelo controle por parte de um núcleo sempre existente de megalomaníacos egocêntricos e da provável transformação do mundo numa autocracia tecnológica de virtualização da liberdade pelo suprimento de todas necessidades, criarão um modelo autopoiético perfeito em todos os sentidos, principalmente em segurança (autoproteção da espécie)?

Não é à toa que, nesse turbilhão supradito que a modernidade se apresenta, ou melhor, se impõe (ou melhor, nós mesmos nos impomos), pululam casos de burnout, depressão e transtornos de ansiedade dos mais diversos tipos (TOC, TAG, TAS, pânico, fobias)[9]. Pessoas esgotadas psiquicamente, compulsivamente rastreando as redes sociais por medo de “ficar por fora da última” (daí a sigla FOMO – “Fear Of Missing Out”), tentando acompanhar as novidades, se adaptar, encontrar um nicho de atividade de onde tirar o seu sustento.

Por mais que digam que é um caminho sem volta esse da virtualização do mundo em alta frequência, as últimas gerações têm apresentado contrapesos de claro indicativo de sobrecarga, do excesso, de que mais nem sempre é melhor. Veja-se, por exemplo, o movimento do "slow living" da geração Y (Millenials – 1980 a 1995): desacelerar, busca de um estilo de vida menos estressante, maior contato com a natureza, mais tempo de reflexão, de não fazer nada, da lucidez no simples estar. Na geração seguinte, a geração Z (1996 a 2010), temos o "quiet quitting": movimento de trabalhar o mínimo necessário, de não fazer nada além do esperado, numa contrapartida à ideia de competitividade.

Tais exemplos mostram um movimento em direção não à vagabundagem, como alguns possam pensar (embora sempre tenha uma parcela de vagabundos mesmo), mas à espiritualização: perceberam que focar na carreira, no trabalho, quando não há uma correlação de significado e realização, é apenas ocupar o tempo enquanto a vida passa despercebida. Eles se perguntaram: qual é minha prioridade? E a resposta foi: meu bem-estar psicofísico. E o psíquico não vem antes por acaso: é “mens sana in corpore sano”, pois a mente deve estar estruturada para ser capaz de corporificar esse estado. Um corpo sadio pode ser destruído por uma mente doentia; de outro lado, uma mente sadia valoriza e desenvolve seu meio de acesso à realidade sensível.

Eles colocaram em ordem a sua existência, focando na saúde, na família, nos amigos, pois cientes (ou subconscientes) da brevidade da vida, como diria Sêneca. Não estou dizendo que são propriamente estoicos, mas é uma sinalização positiva em direção a dar significado à existência, e não apenas se ocupar num movimento apoptótico, pois desprovido de sentido. Deixaram claro que a máxima de que o ser humano, em troca de retorno financeiro, é capaz de fazer qualquer algo, pouco importando esse algo, é falsa.

De outro lado, será que movimentos como os apontados são uma manobra adaptativa? Já que serei substituído mesmo, porque não começar agora a usufruir dessa realidade, afinal, todo e qualquer esforço para criar uma carreira de sucesso será em vão, pois, num piscar de olhos, minha contribuição consistirá em fornecer dados a um sistema operacional avançado capaz de formatar, agir e reagir igual ou melhor do que qualquer ser humano [10]. Ou seja, seria quase como uma transcendência da preservação da espécie, dando, ao sentir a vida – apreciá-la e não apenas ocupá-la – fator primordial: se tudo que é deixará de sê-lo em ritmo acelerado, se a natura em virtual se tornará, se a humanidade está fadada ao cataclisma climático e/ou bélico, qual o sentido de persistir antolhado em atividades enfadonhas como contrapartida ao status, pecúnia e poder?

Essa busca pelo bem-estar, pela felicidade, será uma debilidade psíquica, um mimimi existencial, daqueles que não conseguem lidar com os problemas, ou, pelo contrário, um sinal de maturidade, de autoconhecimento, de percepção da brevidade da vida? Quem sabe o estresse que sofrem não é decorrente de uma limitada ressignificação dos problemas, mas de sua exponencialização, tanto quantitativa quando qualitativa, em parâmetros nunca vistos.

Seja como for, o fato é que, tomados todos os elementos postos, a única salvação da humanidade é – como de sabença – começarmos a trabalhar juntos, confiar e ajudar o próximo, ter compaixão e gratidão, praticar caridade e altruísmo. Todavia, a história mostra que somente catástrofes (inundações, guerras, furações, etc.) têm o poder de eliciar tais inerentes qualidades. Sim, a capacidade está lá, mas parece que só quando se vê despido de perspectiva, esboroado física e emocionalmente, quando o material perdeu o valor, sobrando apenas a existência/sobrevivência, que o ser humano aflora seu melhor. Mário Quintana que bem apontou: “A arte de viver é simplesmente a arte de conviver...simplesmente disse eu? Mas como é difícil!”.

O mundo está se tornando cada vez mais difícil, mais competitivo, mas abrasivo. As pessoas entendem, com isso, que tem que se tornar guerreiras, no sentido bélico mesmo, psiquê inabalável e habilidades de combate. Compaixão e emotividade como fraquezas, como sangue derramado na água atraindo tubarões.

Não é nenhum mistério ou grande revelação observar que, na medida que nos distanciamos, colocando-nos como superiores em relação aos outros e atrelando o indivíduo e seu intelecto à vivência única e suficiente, que as guerras se alastram, a natureza é vilipendiada e o futuro se torna sombrio.

A conexão humana não pode se limitar a círculos familiares: “os nossos”. É necessário um retorno à estrutura primitiva num mundo de civilização global. Quem sabe é por isso que estamos buscando cada vez mais humanizar os robôs, numa tentativa pueril de encontrar uma interação leal e genuinamente desapegada, mesmo que artificial, numa alienação superficialmente consciente, pois evidentemente fruto do desespero.

Veja-se, não se está bradando contra as mudanças tecnológicas, numa nostalgia incapacitante, mas celebrando o passado, saudando a essência humana, apontando que urge haver um equilíbrio, pois não somos apenas intelecto, e é justamente por assim não o sermos que fomos capazes de chegar até aqui: foi justamente essa característica gregária, a empatia, o compartilhamento, a amizade, que nos tornou fortes para juntos lidarmos com os problemas.

De tudo observado, entendo que a solução está efetivamente em mais, mas não em qualquer mais: mais conexão, e não mais conectividade; mais interação, e não mais interatividade.

Simplifique a vida, faça tábula-rasa dos seus valores e, então, revalorize sua vida. Desacelere psiquicamente, seja gentil consigo e com os outros, respire cadenciadamente e profundamente e, por fim, quando tudo estiver alinhado, utilize a tecnologia com sabedoria, de sorte a dar guarida apenas àquela que vier agregar a um desenvolvimento pessoal e profissional ético e humanista.

Claro, esse é meu sentir sobre o tema. Concordando ou não, o importante é perceber a metamorfose em andamento para esboçar os próximos passos, uma vez que postergar uma decisão inevitável é apenas reduzir o tempo de reflexão e acabar sendo arrastado pelo mundo ou, pior, deixado para trás.

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[1] SAGAN, Carl. Pálido ponto azul: uma visão do futuro da humanidade no espaço. Trad.: Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 24. Pálido ponto azul é como Carl Sagan denominou o planeta Terra visto de uma fotografia tirada pela sonda Voyager 1 em 1990. Essa sonda teve por objeto estudar Júpiter e Saturno, tendo ficado conhecida por ter sido uma das duas sondas enviadas com os famosos discos de ouro.

[2] Termo proposto pelos historiadores norte-americanos Robert Proctor e Londa Schiebinger, em 2008, no seu livro “Agnotology: The making and unmaking of ignorance”, sendo fruto da junção das palavras gregas “agnosis” (ignorância, desconhecimento) e “logia” (estudo, tratado), referindo-se ao estudo da produção cultural da ignorância.

[3] Sobre a hipótese do desajuste evolutivo, vide: LIEBERMAN. Daniel. A história do corpo humano: evolução, saúde e doença. Rio de Janeiro: Zahar, 2015; LIEBERMAN, Daniel. Exercised: the schience of physical activity, rest and health. New York: Penguin, 2021.”

[4] Transumanismo é um movimento que defende o uso das tecnologias para ampliar as capacidades humanas. Uma filosofia de uso do intelecto a serviço da imortalidade.

[5] https://www.theguardian.com/technology/2024/mar/27/ai-apocalypse-could-take-away-almost-8m-jobs-in-uk-says-report

[6] https://www.forbes.com/sites/jackkelly/2023/03/31/goldman-sachs-predicts-300-million-jobs-will-be-lost-or-degraded-by-artificial-intelligence/

[7] EMERGENCY EPISODE: Ex-Google Officer Finally Speaks Out On The Dangers Of AI! - Mo Gawdat | E252 - YouTube (https://youtu.be/bk-nQ7HF6k4?feature=shared)

[8] “Reduza os livros às cinzas e, depois, queime as cinzas. Este é o nosso slogan oficial.” (BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima. 3. ed. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Globo, 2020. p. 26).

[9] Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC; Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG; Transtorno Ansiedade Social – TAS. Para maiores informações sobre o tema: SILVA, Ana Beatriz. Mentes com medo: da compreensão à superação. São Paulo: Integrare Editora, 2006.

[10] Aliás, nem será necessário estar exercendo um ofício para tanto: usuários descobriram que a rede social X, de Elon Musk, usa os posts para treinar o Grok, seu chatbot de IA que irá concorrer com o ChatGPT, da Open AI.