Sem destino.
Homem puro.
Homem impuro.
Caminha madrugada adentro pelos becos imundos da cidade que dorme.
Entra de porta em porta com as luzes neon, na busca frenética dele mesmo.
Perdeu-se nas alcovas da vida.
Sua alma não encontra paz.
Somente tristeza e rancor.
Busca seu conforto em Deus.
Restou isso, somente.
Chora o amor perdido dele mesmo.
Ao amanhece um grito abafado e um projétil perdido da fim à sua agonia.
Sem destino.
Sem amor.