Somente

Sob a fria melodia do derramar do mar celeste, entre notas sem lugar da triste brisa, quebrado da alma de estilhaços, permanece caindo em meio a melancolia da canção perdida. Mundo quebrado de sozinhos que andam juntos, fragmentos perdidos em sonhos de corações com lugares que possam chamar de lar. Ser invisível do rosto sem face, navegando entre instantes, se quebrando em momentos que nunca estarão em nenhum lugar. Amaldiçoado a se afogar no habitar na ausência de som em meio a nenhum som. Sombra sem sombra a se estilhaçar no perfurar da lança, empunhada pela alma oculta sob a máscara nunca vista a qual o coração buscou tentar alcançar. Coração fantasma, permanecer perdido no afundar do nenhum lugar condenado a não poder deixar de habitar.