Rasgado pelas despedidas... A Dor de Soltar
Vivendo o pior, o período difícil de ver partir aquilo que a gente não queria perder( já perdendo)
Em cada fim de ciclos, deixo um pedaço de mim, uma marca invisível( que me quebra, mas não me destrói)
Mas se o bastante que ofereci não foi suficiente( fiz o que pude, sempre)
Não posso pedir que fiquem, não posso segurar aquilo que quer ir( deixo ir, adeus)
As portas que se abriram para entrar, também se escancaram para partir( partidas sempre doem)
Sou feito de perdas, de fins, criado em um ambiente onde o adeus é mais comum que o reencontro( perdendo sempre)
Perdi meu pai biológico, depois meu padrasto( que saudade de você pai)
Perdi amizades que pensei serem eternas( viva ao abandono)
Sonhos e objetivos que se perderam no tempo
Perdi meu enaltecido amor, e tantas expectativas que me abraçaram( e me partiram)
E sigo perdendo, como se a vida insistisse em ensinar e vivênciar a arte de deixar ir( todos os dias)
E se, diante de tudo, não sou motivo suficiente para ficar( abro o meu ser, e te deixo IR)
Eu solto as amarras, olho para dentro de você, abro as mãos e deixo o vento levar( deixo ir)
Porque querer obrigar alguém a ficar, é sufocar a sua e a minha essência,
E nas perdas, aprendi que a liberdade de quem se vai( sempre vão)
É a mesma que me ensina a continuar a jornada( o fim sempre chega, e eu continuo a caminhar)
Mesmo com cicatrizes, mesmo com inúmeros pedaços faltando,
Ainda sou eu, E É ISSO QUE FICA( isso sou eu)