PRAZERES PERDIDOS

Por Davi Santos do Amaral – Escrito em torno de 1994 e 95.

Muitas vezes usamos drogas chateados com a falta de compreensão por parte de familiares ou pessoas de nossa convivência. Supomos que essas pessoas têm por obrigação nos compreender, mas quando não o fazem, não lembramos de compreendê-las na ignorância dos fatos aos quais não estão habituadas. Somos nós que vivemos no mundo das drogas.

Outras (vezes) usamos por termos sido discriminados ou então frustrados por não termos atingido nossas metas. Com o passar do tempo encontramos cada vez mais problemas que serão transformados em motivos. E às vezes não temos problema algum e ficamos vasculhando no passado, procurando motivos para usarmos drogas ou ainda reunindo a todos os anteriores com o mesmo motivo.

Não existe motivo concreto para fazermos uso de drogas, apenas pretextos. Os mesmos poderiam ser usados para deixar de usar. Motivo, somente a obsessão a que somos envolvidos gradualmente ao passo de perdermos domínio total de nossas atitudes.

Força de vontade é apenas uma expressão, e caráter chega aos mais baixos níveis. Quando então todas as direções levam a um único lugar e nossos pensamentos se limitam ao mesmo.

O vício é apenas um hábito e hábito não se perde, apenas os substituímos. Podemos então trocar os maus hábitos por bons e isso nos custará uma certa fase de adaptação, algum tempo, necessariamente, mas com certeza ampliará consideravelmente nossa jornada na vida e a ornará de prazeres e conquistas.

Davi do Amaral

Davi Amaral
Enviado por Davi Amaral em 15/01/2008
Reeditado em 15/01/2008
Código do texto: T817742