"É proibido proibir quando o proibido é lícito"

 

“E eu digo não

E eu digo não ao não

Eu digo...

É! Proibido proibir

É proibido proibir”

(Caetano Veloso)

 

Estaria o freudiano “ID” sempre em guerra contra o cruel e implacável “SUPEREGO”?

Ah! O sagrado combate da razão sobre o desejo

Ou não seria, em verdade, contra as ridículas leis que o mundo cria?

 

Leis ... normas ... preceitos ... ordens ... decretos ... códigos de conduta...!

Todavia, eis que somos naturalmente anárquicos em noss’essência

E, portanto, desobedientes e transgressores

Sim, desde os primeiros dias do mundo

em que nossos pais comeram do fruto proibido

Quem sabe, em nome de nossa "sacra" independência?!

 

 

Dividid’alma ao que nós somos ...

Ou não seríamos (sem hipocrisia dizer) ... "naturalmente" rebeldes?

 

Vivemos sob normas (e até as obedecemos)

Até chegar ao limite quando não mais as suportamos

E, portanto, quanto as odiamos!

 

Ai! Mas para servem as regras senão para as transgredirmos,

no que nisto estará a noss’alegria em assim o fazermos?

 

E então:

É proibido proibir quando o proibido é lícito?

Não, não é um paradoxo, muito menos uma frase sem sentido

Sobretudo nestes tempos d’agora

 

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Dai-nos, ó Deus, a força e a coragem para violar as regras

(Assim como fazia seu Filho contra as tolices de sua época)

Sim! Que queimem todas as bíblias e todos os alcorões do tempo,

Que rasguem todas as torás e todas as bhagavad-gitas do mundo

Todos estes livros e manuais de auto-ajuda

(Que, diga-se de passagem, ninguém os seguem nem os respeitam)

Que tanto querem nos adestrar ou escravizar nossas mentes

Sim, que implodam todas as igrejas, todas as mesquitas e sinagogas

Enfim, todos os templos com seus malditos vendilhões

“Vade retro...”, ai! oh, sim...!

Que se afastem de nós as religiões dementes

 

Senhor, nós não merecemos as mentiras que se pregam

nos altares e púlpitos

Já basta de tanta “bosta espiritual”

Já não queremos mais tais falsas posturas

Oh! Eis que caducos estão todos os valores e crenças do século

Ou, pelo menos, é o qu’eu penso ...

 

Sim, já me cansei por demais em fazer o que me mandam

Já estou esgotado de ser um traidor ... de mim mesmo

 

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Oh! Querem que’eu seja um “canibal social”?!

Querem então qu’eu coma carne humana neste mundo de ódio?!

Querem que eu faça tudo sem a nada questionar?!

Querem que eu seja “adequado” no espaço em qu’eu vivo?!

Querem que minha vida seja uma “reação em cadeia”?!

Pois eu digo qu'eu não farei nada disso

E por quê?

Simplesmente porqu'eu não quero

 

Pelo amor de Deus, deixem-me viver o êxtase de minha felicidade

Abram-me as portas de meu manicômio

Deixem-me, por caridade, mergulhar em minhas profundezas

Pelo menos um dia em minha vida

Para que eu diga que eu vivi aqui "pelo menos um dia"

 

E depois, se quiserem, pelo que gozei neste dia

(em nome de minha natural rebeldia

e de meu amor e sinceridade à anárquic’alma qu’eu sou),

podem me queimar como as bruxas d’outrora

Podem me matar como os seus pais a elas [assim] fizeram

 

Eu só quero ... é ser feliz

Mas, para isto, não posso me “adequar” às regras

No que nada, então, a mim proíbo

Pelo que para mim, em nome do amor, tudo me é lícito

 

 

Sim, o que é proibido em alguém certamente é,

na verdade, o discurso do outro a morar em su’alma

Ah! É como dizia o grande psicólogo Jacques Lacan:

Do “eu” a estar sempre ... nos domínios do outro

Que pena!

 

18 de outubro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

"É proibido proibir quando o proibido é lícito"

 

“E eu digo não

E eu digo não ao não

Eu digo...

É! Proibido proibir

É proibido proibir”

(Caetano Veloso)

 

Estaria o freudiano “ID” sempre em guerra contra o cruel e implacável “SUPEREGO”?

Ah! O sagrado combate da razão sobre o desejo

Ou não seria, em verdade, contra as ridículas leis que o mundo cria?

 

Leis ... normas ... preceitos ... ordens ... decretos ... códigos de conduta...!

Todavia, eis que somos naturalmente anárquicos em noss’essência

E, portanto, desobedientes e transgressores

Sim, desde os primeiros dias do mundo

em que nossos pais comeram do fruto proibido

Quem sabe, em nome de nossa "sacra" independência?!

 

Dividid’alma ao que nós somos ...

Ou não seríamos (sem hipocrisia dizer) ... "naturalmente" rebeldes?

 

Vivemos sob normas (e até as obedecemos)

Até chegar ao limite quando não mais as suportamos

E, portanto, quanto as odiamos!

 

Ai! Mas para servem as regras senão para as transgredirmos,

no que nisto estará a noss’alegria em assim o fazermos?

 

E então:

É proibido proibir quando o proibido é lícito?

Não, não é um paradoxo, muito menos uma frase sem sentido

Sobretudo nestes tempos d’agora

 

Dai-nos, ó Deus, a força e a coragem para violar as regras

(Assim como fazia seu Filho contra as tolices de sua época)

Sim! Que queimem todas as bíblias e todos os alcorões do tempo,

Que rasguem todas as torás e todas as bhagavad-gitas do mundo

Todos estes livros e manuais de auto-ajuda

(Que, diga-se de passagem, ninguém os seguem nem os respeitam)

Que tanto querem nos adestrar ou escravizar nossas mentes

Sim, que implodam todas as igrejas, todas as mesquitas e sinagogas

Enfim, todos os templos com seus malditos vendilhões

“Vade retro...”, ai! oh, sim...!

Que se afastem de nós as religiões dementes

 

Senhor, nós não merecemos as mentiras que se pregam

nos altares e púlpitos

Já basta de tanta “bosta espiritual”

Já não queremos mais tais falsas posturas

Oh! Eis que caducos estão todos os valores e crenças do século

Ou, pelo menos, é o qu’eu penso ...

 

Sim, já me cansei por demais em fazer o que me mandam

Já estou esgotado de ser um traidor ... de mim mesmo

 

Oh! Querem que’eu seja um “canibal social”?!

Querem então qu’eu coma carne humana neste mundo de ódio?!

Querem que eu faça tudo sem a nada questionar?!

Querem que eu seja “adequado” no espaço em qu’eu vivo?!

Querem que minha vida seja uma “reação em cadeia”?!

Pois eu digo qu'eu não farei nada disso

E por quê?

Simplesmente porqu'eu não quero

 

Pelo amor de Deus, deixem-me viver o êxtase de minha felicidade

Abram-me as portas de meu manicômio

Deixem-me, por caridade, mergulhar em minhas profundezas

Pelo menos um dia em minha vida

Para que eu diga que eu vivi aqui "pelo menos um dia"

 

E depois, se quiserem, pelo que gozei neste dia

(em nome de minha natural rebeldia

e de meu amor e sinceridade à anárquic’alma qu’eu sou),

podem me queimar como as bruxas d’outrora

Podem me matar como os seus pais a elas [assim] fizeram

 

Eu só quero ... é ser feliz

Mas, para isto, não posso me “adequar” às regras

No que nada, então, a mim proíbo

Pelo que para mim, em nome do amor, tudo me é lícito

 

Sim, o que é proibido em alguém certamente é,

na verdade, o discurso do outro a morar em su’alma

Ah! É como dizia o grande psicólogo Jacques Lacan:

Do “eu” a estar sempre ... nos domínios do outro

Que pena!

 

18 de outubro de 2024

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 18/10/2024
Reeditado em 18/10/2024
Código do texto: T8176456
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