OCIOSOS

Mais um dia, eu me levanto, tomo café (minha parte preferida), um café preto, em meio a tantos espaços vazios ao longo do dia.

Reflito acerca do propósito da vida, ou mais precisamente, sobre a essência da felicidade, já que no presente momento só consigo perceber vazios, vazios e vazios.

Não consigo encontrar qualquer razão para me sentir desta maneira, muito pelo contrário, mas hoje estou me sentindo assim, com um vazio sem fim dentro de mim.

Possivelmente, a minha prática de amor próprio esteja em falta, ou simplesmente ausente por alguns dias, ou até mesmo anos.

Trabalho um pouco, faço uma pausa para ir ao banheiro, bebo mais um café na esperança de que a dopamina, a serotonina e a adrenalina surjam de forma milagrosa como consequência da felicidade que habita em mim.

Contudo, provoca um efeito oposto, gerando uma inquietação e um sentimento de não pertencimento ao que existe aqui.

Quem sabe um pouco de auto amor poderia transformar esse panorama por hoje.

Deixa-me pensar? Apreciar o pôr do sol em frente ao mar, acompanhado do meu doce predileto, já seria um excelente começo.

17 de outubro de 2024