TEMPO

O vento uiva

O imaginário surge

Casa sem portas

Janelas sem traves.

A chuva cai

O vento leva e traz

No aconchego da casa abandonada

O corpo fica, a alma vai.

Sombra inexistente na parede desgastada

O morcego bate as asas

Um grito ecoa no vazio da estrada

No despertar de um novo dia, o brilho do sol acalma.

papagua
Enviado por papagua em 16/10/2024
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