TEMPO
O vento uiva
O imaginário surge
Casa sem portas
Janelas sem traves.
A chuva cai
O vento leva e traz
No aconchego da casa abandonada
O corpo fica, a alma vai.
Sombra inexistente na parede desgastada
O morcego bate as asas
Um grito ecoa no vazio da estrada
No despertar de um novo dia, o brilho do sol acalma.