O “AGORA”!

 

“A vida é agora. Nunca houve um momento

em que sua vida não foi agora, nem nunca haverá?

(Eckhart Tolle)

 

O “agora”

O que é?

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

E o “futuro”, afinal, ... o que é?

O “futuro” é um horizonte

em que o “aqui” desconhece [totalmente]

 

 

 

Ond’está o farol para iluminar os antigos navegantes em sua nau?

Com certeza, à noite eis o melhor horário para [se] poder navegar

Olhemos, pois, para o alto céu onde as estrelas nos orientarão

(até chegar ao destino em que devemos ...)

 

Gerações ...

Gerações das almas em que no mar do tempo ... seguem

Mas, quantas já passaram por ele?

E quantas nele [suas naus] naufragaram?

Umas sem conta ...

Embora muitas chegaram aonde queriam

(ou, melhor dizendo: aonde "deveriam chegar")

 

 

Gerações, então ...

Uma geração chega

E depois segue ... (vai embora)

Passando (ou não) seu recado para a outra

Todavia, o tempo não permite qu’ele próprio se plagie

 

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

A tod’hora tudo se faz ... diferente

E a vida segue

Mas não é com seus filhos ... indiferente (jamais)

Onde todos [aqui] prosseguem

 

 

Nenhuma geração é igual à outra, nenhuma

(nem lembra a outra)

Já passei por duas

Cada qual d’uma singular forma

Cad’uma totalmente diferente ... d’ outra

Ao que se diria ... até opostas

Contudo, não “inimigas” entr’elas

Apenas ... “diferentes”

E só

 

Se antigamente os homens tinham bigodes à mostra,

hoje as suas caras são peladas

Se ontem as moças usavam vestidos a ocultarem as pernas,

hoje caminham de minissaia (ou de short), quase que desnudas

Se ontem os cabelos dos rapazes eram mais curtos e penteados,

hoje são compridos ou até descabelados (ou então ... carecas)

 

Ainda me lembro de quando se faziam serenatas

Violão e voz nas calçadas das casas

Ficou pra trás

Hoje são guitarras elétricas, baterias, contrabaixos ...

Ou a “zoeira” nas baladas

Nad’agora de comportamento recatado ... casto ... sério

Cois’alguma de moral ... conveniências ... pudores

Agora, ah! tudo desavergonhado ... lascivos ... descarados

 

 

Dos dias d’ontem a que todos eram mais recatados

E destarte seguiam regras ... (ainda que muitos hipócritas)

Nos presentes dias, pode-se dizer o contrário:

As mancebas almas são anárquicas (rebeldes)

Destes jovens d’agora que são mais livres (ou relaxados, talvez)

E tanto os rapazes quando as moças ... mais atrevidos

Nada, então, de “boas maneiras” ou regras d’etiquetas

O que vale hoje, na verdade, são umas “boas pegadas”

 

E assim são ...

Duas gerações viventes

Uma d'ontem ... e outra d'hoje

Feitas de dias ... meses ... anos ...

A provar para todos que nenhum tempo é igual ao outro

Lembrando os camonianos versos que diziam:

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

Todo o mundo é composto de mudança...

Continuamente vemos novidades” (Camões)

 

Nenhum “agora” se repete nem se copia

Sim

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

 

Concluindo, portnato, que nenhuma geração copia a outra

E assim, par’alguns eis a se ouvir (agora):

“Oh, que pena!”

E par’outros:

“Ah, graças a Deus!”

 

15 de outubro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

O “AGORA”!

 

“A vida é agora. Nunca houve um momento

em que sua vida não foi agora, nem nunca haverá?

(Eckhart Tolle)

 

O “agora”

O que é?

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

E o “futuro”, afinal, ... o que é?

O “futuro” é um horizonte

em que o “aqui” desconhece [totalmente]

 

Ond’está o farol para iluminar os antigos navegantes em sua nau?

Com certeza, à noite eis o melhor horário para [se] poder navegar

Olhemos, pois, para o alto céu onde as estrelas nos orientarão

(até chegar ao destino em que devemos ...)

 

Gerações ...

Gerações das almas em que no mar do tempo ... seguem

Mas, quantas já passaram por ele?

E quantas nele [suas naus] naufragaram?

Umas sem conta ...

Embora muitas chegaram aonde queriam

(ou, melhor dizendo: aonde "deveriam chegar")

 

Gerações, então ...

Uma geração chega

E depois segue ... (vai embora)

Passando (ou não) seu recado para a outra

Todavia, o tempo não permite qu’ele próprio se plagie

 

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

A tod’hora tudo se faz ... diferente

E a vida segue

Mas não é com seus filhos ... indiferente (jamais)

Onde todos [aqui] prosseguem

 

Nenhuma geração é igual à outra, nenhuma

(nem lembra a outra)

Já passei por duas

Cada qual d’uma singular forma

Cad’uma totalmente diferente ... d’ outra

Ao que se diria ... até opostas

Contudo, não “inimigas” entr’elas

Apenas ... “diferentes”

E só

 

Se antigamente os homens tinham bigodes à mostra,

hoje as suas caras são peladas

Se ontem as moças usavam vestidos a ocultarem as pernas,

hoje caminham de minissaia (ou de short), quase que desnudas

Se ontem os cabelos dos rapazes eram mais curtos e penteados,

hoje são compridos ou até descabelados (ou então ... carecas)

 

Ainda me lembro de quando se faziam serenatas

Violão e voz nas calçadas das casas

Ficou pra trás

Hoje são guitarras elétricas, baterias, contrabaixos ...

Ou a “zoeira” nas baladas

Nad’agora de comportamento recatado ... casto ... sério

Cois’alguma de moral ... conveniências ... pudores

Agora, ah! tudo desavergonhado ... lascivos ... descarados

 

Dos dias d’ontem a que todos eram mais recatados

E destarte seguiam regras ... (ainda que muitos hipócritas)

Nos presentes dias, pode-se dizer o contrário:

As mancebas almas são anárquicas (rebeldes)

Destes jovens d’agora que são mais livres (ou relaxados, talvez)

E tanto os rapazes quando as moças ... mais atrevidos

Nada, então, de “boas maneiras” ou regras d’etiquetas

O que vale hoje, na verdade, são umas “boas pegadas”

 

E assim são ...

Duas gerações viventes

Uma d'ontem ... e outra d'hoje

Feitas de dias ... meses ... anos ...

A provar para todos que nenhum tempo é igual ao outro

Lembrando os camonianos versos que diziam:

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...

Todo o mundo é composto de mudança...

Continuamente vemos novidades” (Camões)

 

Nenhum “agora” se repete nem se copia

Sim

O “agora” é um barco

que não suporta ficar ancorado

no cais ... do tempo

E, assim, ele segue ... mar adentro

 

Concluindo, portnato, que nenhuma geração copia a outra

E assim, par’alguns eis a se ouvir (agora):

“Oh, que pena!”

E par’outros:

“Ah, graças a Deus!”

 

15 de outubro de 2024

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 15/10/2024
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