SONHO
Um sonho fora de época
Uma volta ao passado, o presente pede trégua
Corri, mas não cheguei
Andei léguas, pisando em espinhos e pedras.
Fugindo do agora, sem pensar no amanhã
Portas trancadas, o escuro persiste
Insisto, luto para sair do abismo
O eco do grito atravessa o manto do infinito.
O brilho no olhar da serpente mete medo
A água se espalha pelo chão
As sementes despertaram nas terras do meu sertão
E, com o céu nublado, nasce a renovação.