SONHO

Um sonho fora de época

Uma volta ao passado, o presente pede trégua

Corri, mas não cheguei

Andei léguas, pisando em espinhos e pedras.

Fugindo do agora, sem pensar no amanhã

Portas trancadas, o escuro persiste

Insisto, luto para sair do abismo

O eco do grito atravessa o manto do infinito.

O brilho no olhar da serpente mete medo

A água se espalha pelo chão

As sementes despertaram nas terras do meu sertão

E, com o céu nublado, nasce a renovação.

papagua
Enviado por papagua em 14/10/2024
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