O MENDIGO...
E sempre anda por aí um mendigo,
Não se quer saber dele o porquê
De ele perambular pelos lugares,
Se saber de sua história desde ontem
Até hoje e amanhã, pois, que, tal...
O mendigo não tem culpa
Da vida que leva, até, então,
Alguma coisa lhe deve ter
Acontecido sem ele saber,
Para tudo o que tinha perder...
Ontem, o mendigo era feliz,
Tinha tudo o que queria,
Dinheiro e mulher e algo mais
Que o fizesse ser o maior
Dentre todos os homens...
Mas hoje, ele anda sem nada
Do que possuía no seu viver,
Optou por habitar na rua,
Como companheiros, o sol e a lua,
E assim ele vai levando a vida...
E a vida ele vai levando,
Nos dias de calor e de frio,
Sem contar dos instantes
De fome e de sede, enquanto
Alguém não der uns trocados...