Quieto

Quieto...

No barco onde navego

Na imensidão de mim, vazia!

Observo a jabuticabeira florescer na proa,

Enquanto me deito de olhos abertos.

Me acostumei a deixar que o vento me leve para onde quiser,

Manso, sereno...

Fazendo da vida uma cortesia!

Quieto e sem ir ao teu encontro, muitas vezes,

Deixo transparecer o que sinto

Muito mais do que imaginas que seja nada...

Mas, se a saudade é a fome do coração,

Morreremos juntos, devorados pelo que nos consome,

Jurando um amor de plástico à outra pessoa.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 09/10/2024
Reeditado em 24/11/2024
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