Quieto
Quieto...
No barco onde navego
Na imensidão de mim, vazia!
Observo a jabuticabeira florescer na proa,
Enquanto me deito de olhos abertos.
Me acostumei a deixar que o vento me leve para onde quiser,
Manso, sereno...
Fazendo da vida uma cortesia!
Quieto e sem ir ao teu encontro, muitas vezes,
Deixo transparecer o que sinto
Muito mais do que imaginas que seja nada...
Mas, se a saudade é a fome do coração,
Morreremos juntos, devorados pelo que nos consome,
Jurando um amor de plástico à outra pessoa.