O Clarim do Amor
Há um amor antigo, oculto em nossas almas.
É esse amor desconhecido que dissipa as sombras daquilo que antes tomávamos por verdade, retirando, pouco a pouco, os véus do egoísmo e nos mostrando que a união é nosso estado natural.
É esse amor que unifica as partes incompletas, que buscam incansavelmente tornar-se inteiras.
É esse amor que gerou, como mãe, toda a vida e a sustenta sem distinção de cor, credo, raça, classe social ou qualquer outra separação criada pelo homem.
É esse amor que transcende a vida e a morte, no eterno Ser, que nos fala.
A Ele pertencemos, pois estamos todos juntos no coração de Deus.
A Ele oferecemos nosso sacrifício de servir como instrumentos da Vontade Divina.
Como flautas, devemos ser tocados pelo Espírito, para que o som nascido em nossos corações avive a alma dos homens.
Depende de nós manifestar esse som nesta terra.
Depende de nós, primeiro, nos reconhecermos como esse Amor.
Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!
Rasguem as vestes do egoísmo.
Queimem vossos corações no Sagrado Fogo do Amor.
Sustentem essa chama na escuridão dos tempos.
Iluminem a humanidade.
Você pede uma resposta de Deus?
Olhe ao seu redor…
Toda a natureza é um serviço de amor!
Acaso a terra não dá seus frutos?
A chuva não alimenta a vida?
O vento não sopra?
O sol não brilha, invicto, dia após noite, no firme céu do amanhecer?
Não deveria o homem também servir?
Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!
Chegou a hora de marchar com a história,
De construir pontes que liguem a terra aos céus,
De unir os corações dos homens.
Pois o mundo padece de miséria espiritual,
E somente nas asas do amor nos elevaremos.
Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!
Este é o som do coração da vida.
Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça seu chamado.