O Clarim do Amor

Há um amor antigo, oculto em nossas almas.

É esse amor desconhecido que dissipa as sombras daquilo que antes tomávamos por verdade, retirando, pouco a pouco, os véus do egoísmo e nos mostrando que a união é nosso estado natural.

É esse amor que unifica as partes incompletas, que buscam incansavelmente tornar-se inteiras.

É esse amor que gerou, como mãe, toda a vida e a sustenta sem distinção de cor, credo, raça, classe social ou qualquer outra separação criada pelo homem.

É esse amor que transcende a vida e a morte, no eterno Ser, que nos fala.

A Ele pertencemos, pois estamos todos juntos no coração de Deus.

A Ele oferecemos nosso sacrifício de servir como instrumentos da Vontade Divina.

Como flautas, devemos ser tocados pelo Espírito, para que o som nascido em nossos corações avive a alma dos homens.

Depende de nós manifestar esse som nesta terra.

Depende de nós, primeiro, nos reconhecermos como esse Amor.

Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!

Rasguem as vestes do egoísmo.

Queimem vossos corações no Sagrado Fogo do Amor.

Sustentem essa chama na escuridão dos tempos.

Iluminem a humanidade.

Você pede uma resposta de Deus?

Olhe ao seu redor…

Toda a natureza é um serviço de amor!

Acaso a terra não dá seus frutos?

A chuva não alimenta a vida?

O vento não sopra?

O sol não brilha, invicto, dia após noite, no firme céu do amanhecer?

Não deveria o homem também servir?

Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!

Chegou a hora de marchar com a história,

De construir pontes que liguem a terra aos céus,

De unir os corações dos homens.

Pois o mundo padece de miséria espiritual,

E somente nas asas do amor nos elevaremos.

Levantem-se, trabalhadores do amor, levantem-se!

Este é o som do coração da vida.

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça seu chamado.

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 08/10/2024
Reeditado em 08/10/2024
Código do texto: T8169070
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