Salomão e Pablo Marçal....
Há um vídeo que circula nas redes sociais em que Pablo Marçal, diante de um auditório onde palestrava, faz uma comparação inequívoca entre si e o rei judeu Salomão, que viveu no século 10 a.C. Durante a palestra, antes de se tornar uma das figuras políticas mais controversas e populares do Brasil, Marçal chamou Salomão de "nenê", um termo pejorativo, afirmando que o antigo monarca apenas escreveu três livros bíblicos, enquanto ele, Marçal, escreveria 45. O coach também debochou de Salomão, dizendo que o rei nunca viajou de avião. Quanta soberba, não é, Marçal? Ele esqueceu que Salomão viveu na antiguidade, e não em tempos de explosiva modernidade tecnológica? Em outras palavras polêmicas, disse: "Nem em toda a sua glória, Salomão viajou de jato".
No entanto, há uma diferença: Salomão é considerado, segundo a Bíblia, o homem mais sábio que pisou na terra. Durante os 40 anos de seu reinado, Israel se tornou um reino próspero e influente na região do Oriente Médio. Até os dias de hoje, Salomão é lembrado por inúmeras gerações. Ele pode ter cometido erros, mas teve a decência de reconhecê-los e se arrepender. Prova disso está no livro das Sagradas Escrituras chamado Eclesiastes, onde ele demonstra decepção por ter cometido excessos e vaidades. Isso prova que até as pessoas mais inteligentes estão sujeitas a cometer erros. O pecado de Salomão, em grande parte, foi devido a uma fraqueza comum aos homens: as mulheres.
Quanto a Pablo Marçal, ele não demonstrou a humildade de reconhecer que também é um homem sujeito a pecados. Durante a campanha eleitoral, gabou-se diante das câmeras televisivas de que seria futuramente o prefeito da capital paulista. Se Marçal não desprezasse a figura histórica de Salomão e lesse o provérbio escrito pelo líder hebreu, que disse que uma das seis coisas que Deus odeia é o "olhar altivo", ou seja, a soberba (Provérbios 6:16-17), ele teria a sabedoria e prudência de não se entregar à altivez que culminou em sua derrota eleitoral. Simplesmente, se Salomão estivesse vivo, ele riria da tolice desse homem, que nada mais é do que imprudente e desprovido de qualquer juízo ou caráter cristão. O coach demonstrou total ausência de moralidade ao atacar seus opositores utilizando coerção psicológica, falsas acusações e termos chulos em sua estratégia de obter poder a qualquer custo.
Outro ponto a ser observado: Salomão foi rei de uma nação, enquanto Marçal não passa de um líder religioso que, devido à sua personalidade imoral, não governará a maior cidade do país. A justiça foi aplicada. Somente os sábios e sábias entenderão a última frase.