MEU NOME É ÓDIO
“O mundo está farto de ódio”
(Mahatma Gandhi)
Chamo-me Ódio
Embora [eu] tenha outros nomes [também]
Minha fisionomia não pode ser vista [por ninguém]
E do que sou feito?
Ou como sou em minh'essência?
Di-lo-ei então:
Intolerância ... discórdia ... inveja ... avareza ... vingança ... orgulho ...
... preconceito (todos) ... egoísmo ... ira ... soberba ... cobiça ...
Meu nome é Ódio
Tenho filhos (milhões, bilhões, trilhões ...)
A que já perdi a conta neste mundo
E todos me servem
Tenho a alma ... de todos [eles]
Almas que raramente no tempo vivem
Almas mortas, então
Ou vidas sem alma ... (eis como [todas] são)
De suas vidas que não são suas
São, na verdade, minhas
Almas vendidas ... prostituídas ... transviadas ... corrompidas ...
Se ante realmente ao espelho se vissem, oh! quanto nojo de si mesmas teriam!
Quant'aversão!
E o que fazem no tempo?
Ah, o tempo! cuja existência é a sequência precisa deles para nest’exílio permanecer
E quantos gostariam d’eternamente [nele] ficar!?
Todavia, a nenhum escravo meu darei o direito à liberdade
Digo “escravo” por que assim são todos [para mim]:
Meus miseráveis filhos ... sem alma (desalmados e cativos)
Não os amo
Nunca os amei
Eu só os uso
E nenhum deles é amável (nem belo)
Por que só fazem o qu'eu quero
Apartaram-se da verdade
E, sobretudo, do amor
Desconhecem a felicidade (filha bendita ... do amor)
Aliás, não sabem [entr’eles] quão desgraçados são
Visto creem qu’em sua desdita possam ser ... felizes (quando não!)
Pobres coitados!
E na peleja do qu’em todos os dias fazem, constroem seus túmulos
A crer cada qual ser seu reino ... (seu castelo)
Ó hálito fúnebre a s’exalar de seus peitos (sem coração)
Na necrofagia do que consomem do vômito de suas ações [cruéis]
Quantas almas já estão dentro do túmulo antes mesmo de mortas!
“Não! Deus não existe”
E assim, neste seu credo, todos vivem
(Se é que vivem)
Oh! Esses meus incontáveis filhos ...
Tão perdidos ... e ... tão miseráveis
Como são horríveis ... e desprezíveis!
E são, na verdade ... a minha "cara"
Chamo-me Ódio
Minha casa: o inferno
E tenho muitos filhos ... que comigo moram
E então ...
Você seria um deles?
06 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
MEU NOME É ÓDIO
“O mundo está farto de ódio”
(Mahatma Gandhi)
Chamo-me Ódio
Embora [eu] tenha outros nomes [também]
Minha fisionomia não pode ser vista [por ninguém]
E do que sou feito?
Ou como sou em minh'essência?
Di-lo-ei então:
Intolerância ... discórdia ... inveja ... avareza ... vingança ... orgulho ...
... preconceito (todos) ... egoísmo ... ira ... soberba ... cobiça ...
Meu nome é Ódio
Tenho filhos (milhões, bilhões, trilhões ...)
A que já perdi a conta neste mundo
E todos me servem
Tenho a alma ... de todos [eles]
Almas que raramente no tempo vivem
Almas mortas, então
Ou vidas sem alma ... (eis como [todas] são)
De suas vidas que não são suas
São, na verdade, minhas
Almas vendidas ... prostituídas ... transviadas ... corrompidas ...
Se ante realmente ao espelho se vissem, oh! quanto nojo de si mesmas teriam!
Quant'aversão!
E o que fazem no tempo?
Ah, o tempo! cuja existência é a sequência precisa deles para nest’exílio permanecer
E quantos gostariam d’eternamente [nele] ficar!?
Todavia, a nenhum escravo meu darei o direito à liberdade
Digo “escravo” por que assim são todos [para mim]:
Meus miseráveis filhos ... sem alma (desalmados e cativos)
Não os amo
Nunca os amei
Eu só os uso
E nenhum deles é amável (nem belo)
Por que só fazem o qu'eu quero
Apartaram-se da verdade
E, sobretudo, do amor
Desconhecem a felicidade (filha bendita ... do amor)
Aliás, não sabem [entr’eles] quão desgraçados são
Visto creem qu’em sua desdita possam ser ... felizes (quando não!)
Pobres coitados!
E na peleja do qu’em todos os dias fazem, constroem seus túmulos
A crer cada qual ser seu reino ... (seu castelo)
Ó hálito fúnebre a s’exalar de seus peitos (sem coração)
Na necrofagia do que consomem do vômito de suas ações [cruéis]
Quantas almas já estão dentro do túmulo antes mesmo de mortas!
“Não! Deus não existe”
E assim, neste seu credo, todos vivem
(Se é que vivem)
Oh! Esses meus incontáveis filhos ...
Tão perdidos ... e ... tão miseráveis
Como são horríveis ... e desprezíveis!
E são, na verdade ... a minha "cara"
Chamo-me Ódio
Minha casa: o inferno
E tenho muitos filhos ... que comigo moram
E então ...
Você seria um deles?
06 de outubro de 2024