Tu és minha poesia, meu eterno capuz.
Oh musa etérea, luz que ilumina na penumbra da minha existência,
Teus olhos, dois lagos serenos, refletem a sublime essência,
Das estrelas que dançam ao som do sutil murmúrio da brisa,
Eu, como um poeta, rendo-me à tua beleza, que eternamente encanta e domina.
No jardim dos meus sonhos, tu és a rosa, delicada e linda,
Teus lábios, pétalas rubras que, em um beijo, o mundo delimita,
Cada gesto teu é uma ato de arte, música, uma nota perfeita,
Que ressoa em mim e na alma, com harmonia, se aceita.
Se o verso parnasiano busca a forma, a métrica exata,
O meu amor por ti é uma linha tênue, nada se abala,
É escultura em mármore, esculpida com o cuidado divino,
É a busca do sublime, onde o cotidiano torna-se o meu destino.
A doçura que transcende o efêmero, a beleza pura,
Em ti, encontro a eternidade, uma poesia que perdura,
Teus sonhos, são os meus, entrelaçados em fios de afeto,
E neste sonhar, minha vida se faz um soneto perfeito.
Amar-te é navegar em mares de velas abertas,
É criar mundos novos onde a paixão nunca se encerta,
Por ti, cada lágrima se torna pérola, cada riso, luar,
E assim, sob o véu deste amor, somos eternos a sonhar.
Te amo, e neste ardor que não se apaga,
Queime-se o tempo, mas nunca esta chama se afaga,
Na dança dos versos, entre sombras e luz,
Tu és minha poesia, meu eterno capuz.