A educação é o fator que define o ser humano?
A maneira como a sociedade tem criado suas crianças é um fator essencial que molda as características dos jovens de hoje. A impressão que temos é que muitos jovens enfrentam dificuldades para enxergar o futuro com clareza. Embora tenham nascido na era digital, com acesso a uma vasta base de conhecimento, poucos conseguem, de fato, fazer uso eficaz dessa informação compartilhada.
A imagem da capa do álbum "Youthanasia", onde crianças são penduradas em um varal, é uma metáfora poderosa. Ela sugere que a juventude é tratada como produtos de uma linha de montagem, expostas, vulneráveis e mecanicamente produzidas. A metáfora visual nos leva a refletir sobre o papel da educação e da sociedade no desenvolvimento dessas gerações.
Immanuel Kant escreveu que "o ser humano não é nada além do que a educação faz dele". Portanto, surge a pergunta: o que a educação tem feito dos jovens? Estariam eles se tornando apenas produtos de uma educação padronizada, desprovidos do "Esclarecimento" kantiano, que Kant definiu como a capacidade de pensar por si mesmo e alcançar a autonomia intelectual? Ou será que estão se tornando meros resultados de uma produção em massa, criados sem espaço para a reflexão crítica e o pensamento independente, conforme Kant já questionava no século XVIII?
A metáfora das crianças penduradas sugere um ciclo em que os jovens são moldados pela sociedade, mas sem a individualidade ou o propósito necessário para navegar no futuro. Se a educação é o fator que define o ser humano, estamos educando os jovens para o pensamento crítico, para o questionamento, ou simplesmente os preparando para ocupar lugares pré-definidos em uma sociedade de massa?