MORTO ANTES DE “SUA” HORA
“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte,
mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”
(William Shakespeare)
Matou, então, alguém a sua própria vida (ou su’alma),
... pelo que não a viveu (de verdade)
Ao que não soube [bem] aproveitá-la
Assassino de si mesmo, então (embora não voluntariamente “suicida”)
De sua vida [deformada] e sem nenhum conteúdo [a que fora]
E, embora dormindo [no tempo] nada sonhou (que à pena valesse)
Esteve, portanto, em coma?
Provavelmente
Ai! Se o corpo ainda tivesse sua pobre alma,
... ao que, talvez, não agonizaria antes de su’hora!
Contudo, eis que esta há muito qu’expirou
E na vida ... não vingou
A estar [aqui] como quem está em "morte encefálica"
Quem dera se matada fosse como a sede d'uma hora (a pedir para viver)!
Porém, matou-se, deveras, pelo que não a quis viver [realmente]
E, assim, carrasco de si mesmo (ainda que inconsciente) foi
Embora ainda que não tenha de fato vivido ... não queria morrer!?
Qu’estranho!
Isso mesmo:
Muitos se apegam a uma vida [não sentida]
(Pelo que suas vidas não têm par’eles... “sentido” algum)
No entanto, não querem partir deste mundo
Têm medo ...
Matou-se então em tudo:
Pelo que se recusou ... a viver
Pelo que não aproveitou ... o seu tempo
Pelo que se negou o direito ... de ser feliz
E mesmo assim, n'hora da morte, tomado de desespero a si mesmo perguntou:
Serei pelo supremo Juiz da Vida ... “absolvido”?
- Mata! ... Mata! ... Mata!
Implora a Vida [a todos]
- Mata, mata, pois, a morte antes que ela te mate
Todavia, tal infeliz não lhe deu ouvidos ...
03 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
MORTO ANTES DE “SUA” HORA
“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte,
mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”
(William Shakespeare)
Matou, então, alguém a sua própria vida (ou su’alma),
... pelo que não a viveu (de verdade)
Ao que não soube [bem] aproveitá-la
Assassino de si mesmo, então (embora não voluntariamente “suicida”)
De sua vida [deformada] e sem nenhum conteúdo [a que fora]
E, embora dormindo [no tempo] nada sonhou (que à pena valesse)
Esteve, portanto, em coma?
Provavelmente
Ai! Se o corpo ainda tivesse sua pobre alma,
... ao que, talvez, não agonizaria antes de su’hora!
Contudo, eis que esta há muito qu’expirou
E na vida ... não vingou
A estar [aqui] como quem está em "morte encefálica"
Quem dera se matada fosse como a sede d'uma hora (a pedir para viver)!
Porém, matou-se, deveras, pelo que não a quis viver [realmente]
E, assim, carrasco de si mesmo (ainda que inconsciente) foi
Embora ainda que não tenha de fato vivido ... não queria morrer!?
Qu’estranho!
Isso mesmo:
Muitos se apegam a uma vida [não sentida]
(Pelo que suas vidas não têm par’eles ... “sentido” algum)
No entanto, não querem partir deste mundo
Têm medo...
Matou-se então em tudo:
Pelo que se recusou ... a viver
Pelo que não aproveitou ... o seu tempo
Pelo que se negou o direito ... de ser feliz
E mesmo assim, n'hora da morte, tomado de desespero a si mesmo perguntou:
Serei pelo supremo Juiz da Vida ... “absolvido”?
- Mata! ... Mata! ... Mata!
Implora a Vida [a todos]
- Mata, mata, pois, a morte antes que ela te mate
Todavia, tal infeliz não lhe deu ouvidos ...
03 de outubro de 2024