Confidente
Me digo sempre só
Mas é engraçado, acho que tenho
Um confidente
Minha pessoa não confiava nele
Coisa de posse de homem
De certa forma, sempre confiei
De início, porque eu era "mulher de outro"
Mas agora, francamente?
Conversamos francamente um com o outro
Coisa que não dizemos aos nossos amores
Nem aos nossos amantes, nem conhecidos
Das histórias que contamos um para o outro
Talvez um ou outro amigo saiba
Mas ainda acredito que não na franqueza
Como contamos um paro o outro
E não, caro leitor
Não há amor "amoroso" nisso
Não há tara, ele nunca fez meu tipo,
Sei que eu também não faço o dele
E ficamos assim
Compartilhando a vida um do outro
Talvez, não como amigos, mas sim
Como confidentes
E não se engane, caro leitor
Amo fielmente o homem que já
Não é mais meu homem
Gozo pelo corpo que já não é mais meu
E taro profundamente aquele ser
Que nem vejo mais
Sou mais fiel e cristã, que muita esposa de igreja
Uma pena, que meu homem não sinta isso
Meu confidente, ao menos, sabe, por mim
O quanto amo esse homem miserável
Aah, minha riqueza, meus textos sempre acabam em tu,
Mesmo quando não lhe pertencem