Paisagens da alma XLI
Olhei para trás hoje e vi tudo quanto foi a narrativa de minha vida. Sorri. Por pouco não chorei. Tantas pessoas que por mim passaram! Quantas se foram! Quantas nunca mais verei! Lembranças! Doces e amargas lembranças que guardo no coração!
Lembrei do personagem aventureiro, escrevendo para se curar do tédio, imerso numa psicodelia existencial que hoje me arrepia. Cheio de ilusões. Livre na confusão. Faceiro na arte. Astuto na inteligência. Passou...
Hoje vejo claramente quem nunca fui. Faces da morte, máscaras que caem, peles que morrem. Mas continuo sem saber quem sou. Mudei a pergunta. Que importa?