Paisagens da alma XLI

Olhei para trás hoje e vi tudo quanto foi a narrativa de minha vida. Sorri. Por pouco não chorei. Tantas pessoas que por mim passaram! Quantas se foram! Quantas nunca mais verei! Lembranças! Doces e amargas lembranças que guardo no coração!

Lembrei do personagem aventureiro, escrevendo para se curar do tédio, imerso numa psicodelia existencial que hoje me arrepia. Cheio de ilusões. Livre na confusão. Faceiro na arte. Astuto na inteligência. Passou...

Hoje vejo claramente quem nunca fui. Faces da morte, máscaras que caem, peles que morrem. Mas continuo sem saber quem sou. Mudei a pergunta. Que importa?

Fiódor
Enviado por Fiódor em 24/09/2024
Reeditado em 28/09/2024
Código do texto: T8159152
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