Saudosismo
SEMPRE fui e serei um saudosista. Inveterado. Tenho ideias de esquerda, mas elas nunca ofuscaram e nem reduziram o meu fascínio pelo passado. Não nego os absurdos e arbitrariedades daquela época, mas não esqueço o que era bom, bonito, fraterno e feliz no passado. Costumo reler um trecho de um texto do escritor pesqueirense, Luiz Cristovão dos Santos, que define com precisão meu fascínio pelo passado. São palavras dele: "Na verdade ninguém esquece os caminhos da infância. O pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos, mal-abertos para os mustérios da vida. O importante, porém, é reconquistar paisagem perdida. Encontrar, novamente, os velhos caminhos e por eles andar, de alma alegre, vendo desfilar o rosário das emoçõed ressuscitada". A saudade do passado continua viva eh bulindo no meu coração. William Porto. Inté.