Reflexão de hoje: Quando o limite chega
Quando estamos no limite, as forças parecem se esgotar com coisas que talvez em outro momento seriam mais fáceis de lidar. É como se as camadas de sofrimento se acumulassem, e qualquer nova exigência fosse a gota que faz tudo transbordar. Às vezes não conseguimos lidar com as necessidades do outro, diante de nossas próprias dores. É importante reconhecermos que não estamos em condições de oferecer o que as pessoas pedem. E quando não queremos que os outros saibam o peso que carregamos, por motivos nossos, que só nós sabemos, às vezes por já ter ouvido palavras erradas em momentos excruciantes, que foram ditas por falta de conhecimento, ou de empatia, mas que nos feriram, e ao mesmo tempo nos sentimos culpados por parecer distantes ou negligentes, a sensação de impotência só aumenta. Mas, é importante lembrarmos de que temos o direito de priorizar nossa saúde mental e emocional. A culpa muitas vezes nos impede de fazer isso, mas é importante reconhecer que cuidar de nós mesmos não é negligência, é autocuidado. Tentar equilibrar o sentimento de responsabilidade com nossas próprias limitações emocionais é extremamente difícil. E pode aumentar o peso de nossas angústias, porém, ninguém é capaz de dar o que não tem, e se estamos em um momento em que nossas reservas emocionais estão esgotadas, atender a essa demanda pode nos machucar ainda mais. Que possamos nos permitir colocar nossas necessidades em primeiro lugar, especialmente quando nosso mundo parece estar desmoronando. Talvez seja o momento de aceitar que, nesse instante, nossas energias precisam ser direcionadas para sobreviver e nos fortalecermos, e que é impossível carregar o peso do mundo em nossas costas.
Josy Maria