SENTIMENTOS - EXPOR OU NÃO EXPOR?

Quando temos sentimentos por algo, seja por objetos, pessoas ou quocientes, o que devemos fazer? Se apresentar? Ou desistir?

De quem estou me escondendo?

De mim? Dos outros? Da sociedade? Da loucura? Ou talvez de um universo tumultuado?

Quantas terapias devo realizar para determinar o momento adequado para expressar?

Devo dizer algo?

Mas se os sentimentos são para serem percebidos, por que devemos expressá-los?

É necessária essa confirmação para prosseguirmos? Ou basta reconhecer e prosseguir?

Ha! E se eu for prejudicada nessa circunstância?

Como saberei se não me esforçar, ou melhor, se não me expressar, não me apresentar?

Sabe, levei muitos anos para expressar o que sinto para aqueles que estão ao meu redor, para aqueles com quem tenho que interagir diariamente, sejam colegas de trabalho ou de estudo, ou simplesmente para aqueles que amo.

Com tantas perdas imprevistas, percebi a importância de revisar os meus sentimentos diariamente para aqueles que cruzam o meu caminho. De algum modo, anseio por expressar todas as minhas emoções, seja amor, desapontamento, ira, amargura, seja o que for.

Prefiro convertê-los em expressões de afeto, consideração, preocupação e amor.

Expressar importância, expressar sentir falta, expressar sentir saudades, expressar sentir amor...

Vou confirmar meus sentimentos, instantes, acontecimentos e ações relevantes para as pessoas, mas o mais importante é que também estou validando minhas emoções, tornando minha vida mais genuína e humana.

Não desperdiço meu tempo expressando meus sentimentos negativos, ou me reservando a eles, ao contrário, estou me moldando no indivíduo que espero me tornar um dia. Mesmo que, ocasionalmente, esses sentimentos não sejam retribuídos na mesma proporção, mesmo que expressar meus sentimentos possa parecer inútil em alguns momentos.

19 de setembro de 2024