SOBRE TODOS NÓS
(Por Érica Cinara Santos)
Há muito e muito tempo, vimos caminhando, habitantes desta esfera azul em meio a um infinito de outros corpos celestes.
Neste espaço, nos últimos tempos, parecemos um tanto perdidos.
Perdidos porque, absortos neste nosso pequeno planeta e sob uma visão tão estreita dele e de nós, ignoramos que há razões muito mais grandiosas para a nossa existência e que estar aqui com uma postura sábia é basilar para garantir, não apenas a permanência neste orbe, mas a qualidade da vida nele.
A tóxica ideia da semparatividade, a ilusão da polarização (em todos os âmbitos) nos tem feito vítimas de nós mesmos durante toda a nossa história.
Cada verbo carregado de desamor proferido, cada ação impregnada de ódio efetuada, cada pensamento entorpecido pelo veneno da dualidade ficam impregnados antes em seu nascedouro e destrói lentamente quem os vem produzindo.
É desafiador manter-se são em meio ao caos que nós mesmos construímos, isso é fato. Mas o caos não se dissolve sozinho.
Os movimentos em direção à saúde desse planeta precisam acontecer.
Há inúmeras formas de se agir e outras tantas de se reagir a tudo. A sabedoria nessa escolha é o elemento fundamental.
E o ponto de partida pra ações mais assertivas nunca esteve tão próximo a nós. Está, aliás, justamente em nós.
É angustiante ver toda a humanidade planetária com armas visíveis e invisíveis em punho, apontadas para todos os cantos e a todo momento.
Onde essa angústia acaba, então?
Acaba no desarmamento. E não nos cabe retirar a arma das mãos do outro. Mas é dever nosso tirá-la das nossas próprias mãos.
São chegados os tempos, disse Jesus.
Sejamos trigo nessa hora tão crucial, a transformação do planeta!