LIBERDADE: SERIA UMA "UTOPIA"?

 

“O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”

(Jean-Jacques Rousseau)

 

- Preparar, apontar... fogo!

E naquele instante o soldado do pelotão dispara o seu fuzil

A acertar em cheio sua vítima

“Sua vítima” mesmo ... ou seria somente do seu capitão?

Ou ... de ambos?

 

 

E o gatilho foi apertado ... (pelos dedos do soldado)

Mas, quem deu a ordem ... foi o capitão

Quem matou aquele miserável, então?

Qual dos dois oficiais:

O soldado ... ou o seu superior?

 

 

"Eu só estava cumprindo ordens"

Ao que nest'hora me lembro a frase do oficial nazista no seu julgamento no tribunal

em Jerusalém, Otto Adolf Eichmann

(Embora dita com deboche e cinismo)

 

Então, quem é inferior, sob o comando d'alguém não é livre?

(Pelo qu'eu entendi)

 

 

Oh! Mas, pergunto outra vez:

Quem matou naquel'hora teria sido o subalterno soldado ou o frio capitão?

Quer saber?

Aquele (ou "aquilo) cuj'ação esteve presente dentro de si ... o fator "emoção"

No que ele fez (com prazer) o seu ato

Seja na voz que ordenou ... a execução

Seja no desejo de apertar ... o gatilho

E, assim, podem ter sido ... os dois

 

 

Liberdade!

A divina essência a qu’em todos se acha apática ou dormente

Contudo, jamais morta

D’alma a trafegar em sua via dolorosa e tão longa

Mas a verdade é qu’entre ferros e correntes ela segue

Ai! Quem há de conhecer [nest’exílio] a verdadeira "liberdade"?

 

 

Seria o pensamento livre quando a ninguém obedece?

Oh! E neste mundo em que comer se faz preciso, como ser livre?

Como não obedecer a ninguém?

Como não acatar as ordens de um tirano a que lhe dá um prato de comida

(ou mesmo que paga suas contas)?

Difícil, não?

 

 

Forma não oprimida (do que aqui existe)?

Só se for das pedras

Já que o que vive, só se vive em preço de opressão e sofrimento

No qu’então se pergunta:

Quem sofreria por deliberação própria?

Haveria alguém?

Não, certamente [que] ninguém

No que s’entende que só se sofre visto que não se é livre

 

Liberdade!

Quantos discursos já se fizeram... em seu nome!

Seriam todos corretos?

Pergunto d’outra forma:

Podemos de fato confiar em tudo o que os sábios do mundo sobr’ela disseram?

As verdades (sagradas) da vida... [que não podem ser provadas]

E, portanto, “deveriam” ser aceitas (cegamente)?

Deus me livre e guarde!

 

1713146.jpg

 

Contudo, contudo, a verdade é esta:

Por todo o tempo que s’extendeu, ninguém conheceu ... a liberdade

D’alma a que exausta caminha p'la vida afora

E sempre presa e maltratada sob um ou mais pesos que tanto a fere

Não, nunca provou e, por isso, não sabe o que é ... ser livre

E, pelo visto, poucas aqui saberão ... (ou nenhuma)

 

Qu’ria alguém poder abraçar a felicidade, todavia ... sem esforço?

Impossível!

E, destarte, não experimentará dela também

Oh! deveras que não irá provar

Já que é escrava da cruel preguiça e infelicidade

 

 

Liberdade!

Se quisermos finalmente amá-la seria preciso que na vida (por um tempo) escravos

d’algo ou d’alguém ficássemos?

E será que quando ficarmos verdadeiramente livres, não provaremos de mais nenhuma outra

forma d’escravidão?

No tempo?

Ah! sei não!

 

Pergunto-vos agora:

Haverá um tempo em que seremos (de todo) livres?

Ou a liberdade é também um’outra forma “inversa” de submissão?

Ond’então seremos “escravos somente de nós mesmos”?!

 

1713147.jpg

 

Ou será que a liberdade não passa d'uma "utopia"?

Ou neste ilimitado espaço, só Deus é realmente “livre”?

 

Pois é!

Por muito tempo os judeus foram escravos dos egípcios

E tempos depois foram levados para campos de concentração e extermínio

E por muito tempo negros [também] foram escravos de brancos

Quem "nos" libertará de nossas correntes?

Quem "nos" levará de volta à nossa terra?

Quando todos "seremos" finalmente livres?

 

 

18 de setembro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR ( campo de concentração de Auschwitz)

 

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FORMATAÇÃO SE AS ILUSTRAÇÕES

 

LIBERDADE: SERIA UMA "UTOPIA"?

 

“O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”

(Jean-Jacques Rousseau)

 

- Preparar, apontar... fogo!

E naquele instante o soldado do pelotão dispara o seu fuzil

A acertar em cheio sua vítima

“Sua vítima” mesmo ... ou seria somente do seu capitão?

Ou ... de ambos?

 

E o gatilho foi apertado ... (pelos dedos do soldado)

Mas, quem deu a ordem ... foi o capitão

Quem matou aquele miserável, então?

Qual dos dois oficiais:

O soldado ... ou o seu superior?

 

"Eu só estava cumprindo ordens"

Ao que nest'hora me lembro a frase do oficial nazista no seu julgamento no tribunal

em Jerusalém, Otto Adolf Eichmann

(Embora dita com deboche e cinismo)

 

Então, quem é inferior, sob o comando d'alguém não é livre?

(Pelo qu'eu entendi)

 

Oh! Mas, pergunto outra vez:

Quem matou naquel'hora teria sido o subalterno soldado ou o frio capitão?

Quer saber?

Aquele (ou "aquilo) cuj'ação esteve presente dentro de si ... o fator "emoção"

No que ele fez (com prazer) o seu ato

Seja na voz que ordenou ... a execução

Seja no desejo de apertar ... o gatilho

E, assim, podem ter sido ... os dois

 

Liberdade!

A divina essência a qu’em todos se acha apática ou dormente

Contudo, jamais morta

D’alma a trafegar em sua via dolorosa e tão longa

Mas a verdade é qu’entre ferros e correntes ela segue

Ai! Quem há de conhecer [nest’exílio] a verdadeira "liberdade"?

 

Seria o pensamento livre quando a ninguém obedece?

Oh! E neste mundo em que comer se faz preciso, como ser livre?

Como não obedecer a ninguém?

Como não acatar as ordens de um tirano a que lhe dá um prato de comida

(ou mesmo que paga suas contas)?

Difícil, não?

 

Forma não oprimida (do que aqui existe)?

Só se for das pedras

Já que o que vive, só se vive em preço de opressão e sofrimento

No qu’então se pergunta:

Quem sofreria por deliberação própria?

Haveria alguém?

Não, certamente [que] ninguém

No que s’entende que só se sofre visto que não se é livre

 

Liberdade!

Quantos discursos já se fizeram... em seu nome!

Seriam todos corretos?

Pergunto d’outra forma:

Podemos de fato confiar em tudo o que os sábios do mundo sobr’ela disseram?

As verdades (sagradas) da vida... [que não podem ser provadas]

E, portanto, “deveriam” ser aceitas (cegamente)?

Deus me livre e guarde!

 

Contudo, contudo, a verdade é esta:

Por todo o tempo que s’extendeu, ninguém conheceu ... a liberdade

D’alma a que exausta caminha p'la vida afora

E sempre presa e maltratada sob um ou mais pesos que tanto a fere

Não, nunca provou e, por isso, não sabe o que é ... ser livre

E, pelo visto, poucas aqui saberão ... (ou nenhuma)

 

Qu’ria alguém poder abraçar a felicidade, todavia ... sem esforço?

Impossível!

E, destarte, não experimentará dela também

Oh! deveras que não irá provar

Já que é escrava da cruel preguiça e infelicidade

 

Liberdade!

Se quisermos finalmente amá-la seria preciso que na vida (por um tempo) escravos

d’algo ou d’alguém ficássemos?

E será que quando ficarmos verdadeiramente livres, não provaremos de mais nenhuma outra

forma d’escravidão?

No tempo?

Ah! sei não!

 

Pergunto-vos agora:

Haverá um tempo em que seremos (de todo) livres?

Ou a liberdade é também um’outra forma “inversa” de submissão?

Ond’então seremos “escravos somente de nós mesmos”?!

 

Ou será que a liberdade não passa d'uma "utopia"?

Ou neste ilimitado espaço, só Deus é realmente “livre”?

 

Pois é!

Por muito tempo os judeus foram escravos dos egípcios

E tempos depois foram levados para campos de concentração e extermínio

E por muito tempo negros [também] foram escravos de brancos

Quem "nos" libertará de nossas correntes?

Quem "nos" levará de volta à nossa terra?

Quando todos "seremos" finalmente livres?

 

18 de setembro de 2024

 

Anonymous Real
Enviado por Anonymous Real em 18/09/2024
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