Ciência e Religião Concordarão

"És pó, e ao pó tornarás".

E o Homem retornará de sua jornada antropológica, ávido por compartilhar o que absorveu da prosa e da poesia, o que experienciou na igreja, na filosofia, nas artes cênicas; o que o emocionou na arquitetura, na música, na pintura, na dança, e na fotografia.

Mas do outro lado estará um homem. A cabeça baixa, ancorada na tela do celular. No prazer efêmero de uma espiral em moto perpétuo. Totalmente absorvido pela barra de rolagem que captura a sua atenção pela desesperada necessidade de uma "novidade" que se esgota em alguns segundos. Os olhos perdidos, o coração morno e a cabeça à deriva. É precisamente esse indivíduo que as escrituras profetizaram perto do pó, e que a ciência vai catalogar como um primata severamente limitado, inútil à sua sobrevivência e à preservação da espécie. O "escravo feliz" previsto por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo.

GEORGES
Enviado por GEORGES em 17/09/2024
Reeditado em 08/11/2024
Código do texto: T8153548
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