A Inutilidade que Atormenta o Ser Humano
A paisagem planetária que desenhamos em nossa mente, afeta o entorno. Julgamos sermos seres insubstituíveis. A verdadeira joia da coroa cósmica que flutua no mar das revoluções celestes que nos envolvem. Somos inadvertidamente dotados de um egocentrismo praticamente sem limites e vivemos como se nunca fôssemos morrer. Muito embora por motivo da experiência humana em que vivenciamos diretamente a perda (aqui transliterado do sentido morte, passamento) de nossos entes queridos; assumimos no eu interior um sentimento banal e desarrazoado de “imortalidade”.
O desenvolvimento tecnológico trouxe certamente suas benesses. É, portanto inegável que o dito progresso humano melhorou a qualidade de vida das pessoas, pelo menos as que têm acesso às benesses alavancadas pela tecnologia em seu amplo sentido. Contudo cumpre destacar com veemência os efeitos catastróficos que igualmente atormentam a sociedade promovida pelo desenvolvimento tecnológico. O excesso de informação que extrapola a própria capacidade humana de assimilação, o impacto social nas relações humanas e o extrativismo da natureza para alimentar a industrialização o que colabora para elevar os índices de poluição no planeta. Apenas para citarmos de forma superficial os principais fatores.
O certo, e se há certo em tudo isso, reside no aspecto que de no âmago de cada um de nós, está arraigado um nítido sentimento de inutilidade que atormenta-nos a todo o momento. E envoltos em nossas vidas vazias e sem sentido, engenhamos ocupações, profissões e passatempos para preencher a vida e dar sentido. Enseja-se com isto afastar a devassidão atormentadora de inutilidade que paira em nossas mentes dia a dia.